17/08/2022 às 09h23min - Atualizada em 17/08/2022 às 09h23min

Justiça decreta prisão de pastor que importunou sexualmente fiel durante oração

A Polícia Civil indiciou, na segunda-feira (15), o pastor suspeito de importunação sexual contra uma fiel, em Paciência, na Zona Oeste do Rio. A Justiça do Rio decretou a prisão preventiva dele.

O homem não foi localizado na casa dele ou de parentes e está foragido. Diligências tentam localizá-lo.

No fim de julho, a vítima denunciou o pastor que, ao ir à casa dela fazer uma oração, teria colocado o pênis para fora da calça e encostado na perna da mulher enquanto ela estava de olhos fechados. Ela gritou e o homem fugiu. O crime ocorreu na frente do filho dela de 3 anos

Segundo a investigação, a oração foi sugerida pelo pastor, que afirmou ter visto uma “obra de macumbaria” no filho da vítima.

Após o caso, outras duas vítimas denunciaram ter sofrido situações semelhantes, durante orações.

“Começamos as diligências para identificar outras vítimas porque, nesses casos, é comum que outras vítimas, vítimas anteriores, não falem sobre o fato, porque, como a pessoa é um líder religioso, tem forte influência, carisma no meio da comunidade, elas temem passar por mentirosas. Porém, quando um caso desses vem à tona, aí sim nós conseguimos identificar outras vítimas”, afirma o delegado Fábio Luis, titular de 36ª DP.

A investigação apurou que já há outros três procedimentos policiais contra ele por crimes sexuais.

De acordo com a 36ª DP (Santa Cruz), em 2014, ele abusou sexualmente da enteada dele de 9 anos e foi indiciado por estupro de vulnerável. O crime foi comprovado por exame de corpo de delito e depoimentos. Outro inquérito apura o mesmo crime contra outras duas enteadas.

Já em 2017, segundo a investigação, ele foi acusado por importunação ofensiva ao pudor contra uma passageira de um ônibus. O crime foi filmado por uma testemunha.

“Só por esse crime que ele responde agora, contra essa fiel, ele pode pegar até cinco anos [de prisão], mas, com os crimes praticados ainda contra as crianças, a pena é muito maior”, explica o delegado.
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