01/05/2022 às 18h10min - Atualizada em 01/05/2022 às 18h10min

Manifestações a favor e contra o governo no Dia do Trabalhador fracassam

Com bastante atraso, Lula pegou o microfone depois das quatro da tarde, quando o público aumentou, e foi direto para cima de Bolsonaro em seu discurso, culpando o presidente por todos os graves problemas que o país atravessa, pelo descaso no combate à pandemia, o ataque às instituições e pela inflação que assola o país, com fome e desemprego.

No momento mais incisivo do seu discurso, Lula chegou a envolver Bolsonaro com os milicianos responsáveis pelo assassinato de Marielle Franco e disse que, se vencer, vai pegar um país destruído em todas as suas estruturas, e convocou as centrais sindicais presentes na praça Charles Miller, no Pacaembu, a ajudá-lo na reconstrução.

Bolsonaro não foi à manifestação a seu favor na avenida Paulista, no mesmo horário, a poucos quilômetros do ato do 1º de maio das centrais sindicais, mas enviou um brevíssimo vídeo para os apoiadores, em que claramente recuou dos seus últimos ataques ao Supremo Tribunal Federal e ao processo eleitoral, limitando-se a repetir que estará sempre ao lado do povo na defesa da família e da liberdade. Os ataques ficaram só por conta dos manifestantes que pediram o impeachment de ministros do STF e o fechamento do tribunal.

O que ficou claro ao final do dia é que os atos promovidos a favor e contra o governo nas principais capitais mostraram um país dividido ao meio, em que só restaram dois candidatos na disputa presidencial. Os demais nem apareceram no 1º de Maio. Não dá para calcular quem levou mais povo às ruas, mas é certo que ambos tiveram bem menos apoiadores do que em outras manifestações.


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