22/03/2022 às 08h00min - Atualizada em 22/03/2022 às 08h00min

Influenciador digital preso ostentava carrões de luxo nas redes sociais; confira

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-Kleber Moraes, conhecido como "Klebim" Foto: Foto:/Reprodução/iNSTAGRAM / Agência O Globo
O influenciador Kleber Moraes, conhecido como Klebin, que foi preso com outros três influenciadores, gostava de ostentar carrões importados nas redes sociais. Ele é seguido por mais de 1,5 milhão de pessoas. A audiência vem de seu perfil e do canal do “Estilo dub” no YouTube, sobre carros tunados, que são modelos personalizados.

Os quatro influencers foram presos pela Policia Civil do Distirito Federal. De acordo com as investigações, eles se aproveitavam do fato de terem milhões de seguidores para rifar carros de luxo usando laranjas. Eles teriam enriquecido utilizando o esquema montado com empresas de fachadas, que faziam a lavagem do dinheiro, e adquirido automóveis como Ferrari e Lamborghini, avaliados em pelo menos R$ 3 milhões cada.

Além de Klebim, também estão presos Pedro Henrique Barroso de Neiva, Vinícius Couto Farago e Alex Bruno da Silva Vale. A operação cumpriu mandados de busca em Brasília, Águas Claras, Guará e Samambaia (DF). Os investigadores descobriram que, num período de apenas dois anos, os influencers movimentaram um valor de R$ 20 milhões. No total, foram apreendidos nove carros, incluindo uma Ferrari 458 Spider e uma Lamborghini Huracan. Além dos automóveis, também houve apreensão de uma mansão do grupo, uma moto e um jet-ski. Cerca de R$ 10 milhões foram bloqueados nas contas dos investigados.

De acordo com a Polícia Civil, os investigados começaram o esquema em 2021, quando passaram a promover rifa de carros nos Instagram e através de canais no Youtube. Os investigadores explicam que a prática é proibida por lei, considerada jogo de azar. Como, juntos, eles reúnem uma verdadeira multidão de seguidores, facilmente conseguiam vender todas essas rifas, arrecadando grandes quantias em dinheiro. Em seguida, policiais contam que o valor arrecadado seguia direto para contas de empresas de fachada, que eram usadas por eles para comprar novos carros, cada vez mais luxuosos. Os veículos eram registrados sempre no nome de um laranja.

As medidas foram deferidas pelo Juiz da Vara Criminal do Guará, e a operação contou com apoio da Subsecretaria da Receita do DF e da Secretaria de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria do Ministério da Economia.

Ao EXTRA, o advogado José Souda de Lima, que defende os quatro investigados, definiu a ação da polícia como “arbitrária” e “ilegal”.

- Essa prisão é completamente arbitrária, desproporcional e ilegal. Fruto de uma pirotecnia para criar constrangimentos e fatos midiáticos. Confiamos que o poder judiciário corrigirá essa arbitrariedade revogando imediatamente essa prisão.


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