16/03/2022 às 07h27min - Atualizada em 16/03/2022 às 07h27min

Mãe que matou filha recém-nascida e escondeu corpo por 5 anos é presa

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Foto: Reprodução
A professora Márcia Zaccarelli Bersaneti, de 41 anos, teve a prisão preventiva decretada por não comparecer em juízo, após sua condenação por matar a filha recém-nascida e manter seu corpo escondido por cinco anos no escaninho do prédio onde morava, em Goiânia. Ela terá de cumprir 18 anos de prisão, mas respondia pelo crime em liberdade até essa semana.

Paulo Borges, seu advogado, afirmou que ainda não se esgotaram os recursos e que Márcia tem cumprido as demandas. Além disso, disse que ela tem um filho de 2 anos, por quem é responsável.

O crime ocorreu em 2011, mas o caso só veio à tona em 2016, quando o corpo do bebê foi encontrado pelo ex-marido de Márcia no escaninho do prédio. Ela foi presa em agosto daquele ano.

Sua prisão preventiva foi decretada na segunda-feira (14), pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 3ª Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri.

O crime

Em vídeo, a professora confessou o crime. "Na rua, andando, eu não sabia mais o que fazer. Ela começou a chorar. Estava começando a chover. Eu olhava para ela, depois ela dormiu de novo [respira fundo]. Apertei o narizinho dela", revelou.

Márcia foi a júri popular em 1º de agosto de 2018, quando foi condenada a 18 anos e 8 meses de prisão pelo assassinato. No entanto, foi absolvida por esconder seu corpo no escaninho.

O juiz Jesseir Coelho de Alcantara afirmou, na sentença, que o crime “exigiu frieza desta [condenada], uma vez que ela, de forma cruel, tampou o nariz da própria filha recém-nascida causando-lhe a morte”.

Em seu depoimento, a ré contou que a filha, fruto de um relacionamento extraconjugal com um colega de trabalho, nasceu em 15 de março de 2011. Seu marido não podia ter filhos, já que havia feito uma vasectomia. Segundo ela, ambos homens sabiam da gravidez, mas nenhum queria assumir a criança e haviam pedido para ela realizar um aborto, que ela se recusou.

Quando começou a sentir contrações, seu marido disse para ela “sumir e dar um jeito”, conforme contou em depoimento. Ela ligou para um amigo que a levou para um hospital e deu R$ 3 mil para ela fazer um parto cesárea.

Ainda de acordo com Márcia, ela era maltratada pelo ex-marido, que teria denunciado o caso à polícia apenas para que ela não tivesse acesso aos bens do casal no processo de separação.


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