11/12/2021 às 19h57min - Atualizada em 11/12/2021 às 19h57min

Bispo italiano pede desculpas após dizer às crianças que Papai Noel não existe

O bispo de Noto, na Sicília, surpreendeu alunos na semana passada, quando lançou uma “bomba” durante um festival de artes – dizendo às crianças que o Papai Noel não era real.

“Não, Papai Noel não existe. Na verdade, eu acrescentaria que o vermelho da roupa que ele usa foi escolhido pela Coca-Cola, exclusivamente para fins publicitários”, disse Antonio Staglianò, segundo a mídia siciliana.

A mídia italiana noticiou que os comentários vieram durante um evento realizado no dia da festa de São Nicolau, inspiração inicial para a figura do Papai Noel e amplamente conhecido por sua generosidade.

 

No entanto, depois que os comentários do bispo se tornaram virais, a Diocese de Noto postou um pedido de desculpas em sua página no Facebook, escrito pelo secretário de imprensa de Staglianò, Padre Alessandro Paolini.

“Em primeiro lugar, em nome do Bispo, expresso pesar por esta declaração que decepcionou as crianças, e quero esclarecer que esta não foi a intenção do Sr. Staglianò”, disse o comunicado.

Paolini disse que o objetivo do bispo é “refletir com mais consciência sobre o significado do Natal e as belas tradições que o acompanham e recuperar a beleza de uma data agora cada vez mais ‘comercial’ e ‘descristianizada’”.

“Se todos nós podemos tirar uma lição, jovens ou velhos, da figura do Papai Noel (que se origina do Bispo São Nicolau) é esta: menos presentes para ‘criar’ e ‘consumir’ e mais ‘presentes’ para compartilhar”, acrescentou o comunicado.

Staglianò também reviu os comentários feitos durante uma entrevista para o jornal italiano La Repubblica, publicado na sexta-feira (10), onde disse: “eu não falei para eles que o Papai Noel não existe, mas nós conversamos sobre a necessidade de distinguir sobre o que é real e o que não é.”

Staglianò disse ao jornal: “Um fato real apareceu, nomeadamente que o Natal não mais pertence aos cristãos”, e acrescentou que “a atmosfera de luzes e compras tomou o lugar do Natal.”

Ele disse que a “cultura do consumo” obscureceu o verdadeiro significado do festival, que tem uma mensagem de entrega – ilustrada pelo nascimento do bebê Jesus, que “nasceu para se entregar para toda a humanidade”.

O pedido de desculpas coincidiu, dizendo que no Natal “nós recebemos o presente por excelência, Jesus Cristo” e sugeriu que “aparecer para alguém que temos negligenciado ou ignorado por um bom tempo ou consertando um relacionado danificado” é um presente mais significativo.


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