13/11/2021 às 09h44min - Atualizada em 13/11/2021 às 09h44min

Saiba o que muda do Bolsa Família para o Auxílio Brasil

Entrou em vigor recentemente o Auxílio Brasil, benefício criado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por meio da Medida Provisória (MP) nº 1.061. O novo benefício irá substituir o Bolsa Família, criado em 2003 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e que vigorou durante 18 anos.

Ambos os programas têm o objetivo de ajudar financeiramente as famílias brasileiras em situação de pobreza e pobreza extrema. O início dos pagamentos do Auxílio Brasil está previsto para a próxima semana. Porém, ainda existem muitas incertezas sobre o novo programa de transferência de renda.

Confira abaixo tudo o que sabemos, até o momento, sobre o Auxílio Brasil e quais as diferenças para o Bolsa Família.

O novo benefício será pago para famílias em situação de pobreza e extrema pobreza. Entretanto, famílias em situação de pobreza só poderão receber o auxílio se houver gestantes ou pessoas menores de 21 anos entre seus membros.

É diferente do Bolsa Família, em que quaisquer famílias em ambas as situações eram atendidas pelo programa.

Outra diferença é o limite de renda de cada um. Enquanto no antigo benefício a faixa de extrema pobreza era de R$ 89 e de pobreza era de R$ 178, no Auxílio Brasil, aqueles que têm até R$ 100 de renda por integrante da família são considerados de extrema pobreza e até R$ 200, são vistos em situação de pobreza.

O governo pretende beneficiar 17 milhões de famílias em situação de pobreza e extrema pobreza com o novo auxílio, enquanto o Bolsa Família atingia 14,7 milhões de famílias nas mesmas condições.

Além disso, o governo acredita que, com a ampliação dos beneficiados, será possível acabar com a fila, pagando o benefício a quem tem direito, mas não está recebendo.

Ainda não foram divulgados os novos valores do benefício. Contudo, em uma edição extra do Diário Oficial da União da sexta-feira (5), Bolsonaro publicou um decreto que reajusta o valor dos benefícios básicos do Programa Bolsa Família.

Esses novos valores serão usados como base para a definição do pagamento do Auxílio Brasil. O valor médio do benefício passará de R$ 190 para R$ 217,18 mensais.

O governo prevê o valor mínimo de R$ 400 por família para o novo benefício em 2022. Esse valor será temporário, com duração até 31 de dezembro de 2022.

Os pagamentos do Auxílio Brasil começam em 17 de novembro para as 14,6 milhões de famílias cadastradas no Bolsa Família, que receberão os valores automaticamente de acordo com o calendário habitual do programa de 2003.

O Auxílio Brasil contempla nove tipos diferentes de benefícios. Os três primeiros formam o núcleo básico. São eles:

Os outros tipos de benefício são os seguintes:

No Bolsa Família, o valor era a soma de vários tipos de benefício previstos no programa. Dessa forma, os tipos e as quantidades de benefício que cada família recebia dependiam do número de pessoas, idades, presença de gestantes, entre outros, e da renda da família beneficiária.

As famílias que tiverem um aumento da renda por integrante que ultrapasse os valores de pobreza e extrema pobreza definidos pelo programa continuarão recebendo o auxílio por mais 24 meses. Essa é a regra de emancipação.

Aqueles que deixarem de receber o Auxílio Brasil por vontade própria ou após os 24 meses poderão retornar ao programa com prioridade, ou seja, sem entrar na fila. Porém, deverão atender aos requisitos de elegibilidade.

No Bolsa Família, também havia o retorno garantido em um prazo de 36 meses após o desligamento e sem processo seletivo, caso se enquadrasse nos critérios.

Quem recorrer ao microcrédito poderá comprometer até 30% do valor do benefício recebido. O objetivo dessa medida é permitir uma melhor administração do orçamento familiar e a realização de planejamento financeiro com vistas a pequenos negócios e empreendedorismo.

Assim como no Bolsa Família, para fazer parte do novo benefício, as famílias precisam estar cadastradas no Cadastro Único (CadÚnico) e atender aos requisitos necessários para o acesso, como a renda mínima delimitada por integrante.

Além disso, os cadastros do Bolsa Família também serão usados para o programa.

O cadastro no CadÚnico não garante a entrada imediata nos programas sociais. O governo é quem decide quais benefícios a pessoa irá receber de acordo com o perfil econômico de cada uma.


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