24/10/2021 às 21h12min - Atualizada em 24/10/2021 às 21h12min

Ninão arrecada mais de R$ 149 mil para realizar cirurgia de amputação da perna e compra de prótese

A campanha virtual para a compra de uma prótese de Joelison Fernandes da Silva, conhecido como Ninão, foi encerrada, e ele conseguiu arrecada quase todo o valor. Neste domingo (24), a campanha finalizou em R$ 149.322,47 para a compra do equipamento. Ninão, o homem mais alto do Brasil, medindo 2,37 metros de altura, vai precisar amputar a perna direita por causa de uma infecção.

Ao Jornal da Paraíba, ele disse que passou por uma avaliação médica e também tentava levantar o valor para custear a cirurgia de amputação. O procedimento, segundo ele, custa uma média de R$ 7 mil a R$ 10 mil.

O paraibano é natural de Taperoá, mas mora em Assunção, município do Sertão do estado. Antes de deixar de andar, já era um pouco difícil se locomover por conta da estatura e também do peso, que atualmente passa dos 200 quilos. Na cadeira de rodas, o nível de dificuldade aumentou ainda mais.

Ninão foi diagnosticado com osteomielite há mais de quatro anos, mas sente os sintomas da doença há uma década. A infecção pode ser causada por bactérias ou fungos, atinge o osso, e causa dor.

"Eu não sabia o que era. Fui diagnosticando quando já tava muito avançado [o comprometimento da perna].”

Em busca de outras opiniões médicas, ele deixou o hospital depois de três meses de internação, quando recebeu pela primeira vez a recomendação de amputação do membro.

Para a decepção dele, a reposta para uma melhor qualidade de vida é sempre a mesma. Por isso, junto com a família, ele optou pela cirurgia.

"É uma decisão dura e dolorosa, mas pra eu ter uma vida normal, é mais fácil andar com prótese do que com o pé.”

Desde que parou de andar, muitos cuidados são necessários para manter a saúde de Ninão. O curativo na perna precisa ser feito todos os dias. Para isso, ele conta com o auxílio de uma equipe da rede municipal de saúde do município ou com a mãe.

Ninão ainda precisa de medicação, que não pode ser interrompida, para conter a infecção. Os custos mensais dos remédios são de aproximadamente R$ 500, quase metade da renda da família.

Desde que se locomove em uma cadeira de rodas, ele não consegue trabalhar, e lamenta pelas oportunidades perdidas. Antes da infecção, ele costumava fazer comerciais e era convidado para participar de eventos pelo país inteiro.

Atualmente, o paraibano mora com a esposa. A renda do casal corresponde a um salário mínimo, da aposentadoria que ele recebe desde 2012, e de alguns trabalhos de decoração que a companheira dele faz. As doações dos amigos também têm auxiliado.

JP Online


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