O deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara, disse ontem em suas redes sociais que passou por uma angioplastia e está internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Ele informou que deve ter alta hoje.
Em nota, o hospital informou que Barros deu entrada ontem na unidade com um diagnóstico de insuficiência coronária e que seu quadro é estável. "Ele foi submetido à cineangiocoronariografia com colocação de stent com sucesso", diz o boletim divulgado.
"Fiz hoje uma angioplastia, e ganhei meu terceiro stent. Os dois primeiros, recebi quando era ministro da saúde. Uma maravilha a medicina moderna. Agradeço as orações, Dr. Kalil, Dr. Fábio Sândoli e a equipe do hospital Sírio Libanês. Espero alta amanhã para continuar na luta", escreveu Barros nas redes sociais.
A angioplastia é o tratamento não cirúrgico das obstruções das artérias coronárias, com o objetivo de aumentar o fluxo de sangue para o coração.
Por meio da angioplastia, implanta-se um stent — uma estrutura metálica que funciona como uma "mola". Ela é introduzida fechada na artéria e expandida no local onde estão as placas de gordura (aterosclerose) que provocam o entupimento do vaso sanguíneo, para desobstruí-lo.
Na última quarta-feira (18), o relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou que o Barros perdeu o status de testemunha e foi incluído na lista formal de investigados pelo colegiado.
A cúpula da comissão considera que, em seu depoimento no Senado, o parlamentar omitiu informações e deu esclarecimentos insuficientes em relação às suspeitas de envolvimento no caso Covaxin.
O deputado federal chamou a decisão de "covardia" e disse que "o único objetivo dessa comissão é desgastar o governo Bolsonaro".
Figura importante do chamado Centrão, Barros foi líder ou vice-líder no Congresso Nacional de quase todos os presidentes eleitos após a ditadura militar.