10/06/2017 às 01h11min - Atualizada em 10/06/2017 às 01h11min

Michel Temer não responde às perguntas feitas pela PF sobre delação da JBS/Friboi

G1
Apesar de ter conseguido mais prazo, o presidente Michel Temer não respondeu ao interrogatório da Polícia Federal sobre as acusações feitas por delatores da JBS.

Nas 82 perguntas, a Polícia Federal indagou Temer sobre suas relações com investigados na Lava Jato, e também sobre o que falou nas gravações feitas pelo empresário Joesley Batista.

Mesmo com prazo maior, os advogados de Temer disseram que ele não vai responder porque a perícia da gravação ainda não foi concluída. Sobre outros questionamentos, em vez de respostas, a defesa optou por fazer críticas aos investigadores.

Disse que a Polícia Federal está mais preocupada em comprometer o presidente com perguntas que denotam falta de isenção e de imparcialidade. Que está sendo objeto de uma inquirição invasiva, arrogante, desprovida de respeito e do mínimo de civilidade. O questionário é um acinte à sua dignidade pessoal e ao cargo que ocupa.

O advogado Antônio Claudio Mariz afirmou que a Procuradoria-Geral da República, acusará, ao que parece, com provas, sem provas ou mesmo contra as provas. Ao final, a defesa pediu o arquivamento do inquérito.

Em fase de investigação, o presidente Michel Temer tem o direito de se recusar a responder. Isso só muda se ele virar réu em uma ação penal, aí ele seria obrigado a comparecer ao depoimento mas, ainda assim, não precisaria produzir provas contra si mesmo. Investigadores dizem que todas as perguntas feitas são pertinentes à apuração.

A Polícia Federal está trabalhando em um primeiro relatório da investigação que vai dizer se há ou não indícios suficientes de que o presidente cometeu crimes.


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