01/08/2021 às 13h10min - Atualizada em 01/08/2021 às 13h10min

Deputado vai para o fim da fila após recusar vacina Coronavac

O deputado estadual delegado Humberto Teófilo (PSL-GO), 36, foi para o fim da fila da vacinação depois de se recusar a tomar a primeira dose do imunizante contra a covid-19, em Goiânia. Na unidade de saúde, ao saber que receberia a CoronaVac, o parlamentar não aceitou e contestou a eficácia do imunizante.

O caso aconteceu na última quinta-feira (29), no Ciams Novo Horizonte. O deputado disse que fez o agendamento no aplicativo da Prefeitura de Goiânia, mas não sabia qual vacina seria aplicada. A CoronaVac tem eficácia comprovada contra o coronavírus, é aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e já foi chancelada também pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

"Essa vacina eu não tomo, as outras sim. A eficácia da CoronaVac não chega a 40% e, ao que tudo indica, quem for imunizado com ela terá que receber uma terceira dose reforçada da Pfizer ou da AstraZeneca", disse Teófilo.

Não há confirmação oficial sobre a necessidade de uma terceira dose das vacinas contra covid-19 —tanto em relação à CoronaVac quanto aos imunizantes de outras marcas.

Sobre as duas doses que estão sendo distribuídas nos postos de saúde, dados iniciais, da fase de pesquisa no Brasil, mostravam que, caso a pessoa vacinada seja infectada pelo coronavírus, a CoronaVac oferece 100% de eficácia para não adoecer gravemente, 78% para prevenir casos leves e 50,38% menos risco de adoecer.

O imunizante também apresentou bons resultados contra a variante delta do coronavírus em laboratório.

Na "vida real" os números são um pouco diferentes, mas ainda assim a vacina é recomendada por especialistas e autoridades em saúde. Pesquisa feita com idosos em São Paulo e citada pela OMS nesta semana indica que a CoronaVac apresentou 41% em eficácia contra covid-19 sintomática, 71% contra mortes e 59% contra contra hospitalização.

Por causa da recusa, o deputado goiano só poderá se vacinar após concluída a imunização dos jovens de 18 anos em Goiânia, conforme decreto da prefeitura. Contudo, Teófilo disse que vai entrar na Justiça contra a medida. "Vou ingressar com um mandado de segurança. Tenho que ir para uma fila de espera, não para o fim da fila."

"Exerci meu direito. Deveria ter duas vacinas disponíveis para a escolha da pessoa", afirmou o parlamentar, que também não assinou o termo de recusa na unidade de saúde.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia confirmou que o deputado recusou a vacina e também não assinou o termo para que fosse para o fim da fila. Por isso, o documento foi preenchido por servidores da unidade de saúde que assinaram como testemunhas.


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