05/06/2017 às 21h56min - Atualizada em 05/06/2017 às 21h56min

Parlamentar acusa Berg de perseguir e exonerar mais de 300 servidores por serem contrários a construção do presídio

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Vereadores contrários à construção de um presídio federal na cidade de Bayeux denunciaram nesta segunda-feira (5) que tiveram cerca de 300 servidores indicados para a Prefeitura demitidos como forma de retaliação. O ato de demissão foi assinado pelo próprio prefeito Berg Lima, defensor da instalação da unidade prisional. “Existe, sim, caça às bruxas”, disse um vereador, confirmando a exoneração de aliados. Ele pediu para ter o nome preservado.

“O prefeito Berg Lima quer transformar a cidade em um reduto de criminosos. Esse projeto é um latrocínio”, disparou o parlamentar.

O vereador, que promete barrar na Câmara a doação de terreno para o presídio federal, argumentou que a possibilidade de construção da uma unidade prisional federal vai trazer para a cidade os mais perigosos bandidos do crime. “Com eles, vêm os familiares e os seus discípulos”. 

 Ainda de acordo com o vereador, é intenção de o prefeito Berg Lima doar uma das melhores áreas da cidade para construir o presídio. “Vai ser um prejuízo enorme para o setor imobiliário da cidade”, disse o vereador, que sugere que seja doado o mesmo terreno para construção de um distrito industrial. 

O vereador revelou que desde a construção do presídio federal na cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte, o índice de criminalidade só fez aumentar. “Eu conversei pessoalmente com alguns empresários de lá e eles me disseram o que aumentou o número de assaltos, roubos, mortes e tráfico de drogas”, revelou. 

A Bayeux foi escolhida pelo Ministério da Justiça para abrigar uma unidade prisional federal. A cidade, de acordo com dados apresentados pelo Departamento Penitenciário Federal (Depen) preenche os requisitos. São 11 os requisitos técnicos da Portaria 98/2017 que dão critério para a construção das novas unidades.  Entre elas, a proximidade do aeroporto.

A construção de uma unidade prisional em Bayeux foi comunicada em audiência pública no início deste mês por representantes do Ministério da Justiça.


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