Advogado diz que prisão de dupla que teria ajudado Lázaro a fugir "não faz sentido"

O advogado de Elmi Caetano Evangelista, 74 anos, e Alain Reis de Santana, 33, presos sob a acusação de facilitar a fuga de Lázaro Barbosa afirmou, nessa sexta-feira (25), que os dois nunca encontraram o suspeito de executar uma família no DF, contrariando a versão sustentada pela Secretaria de Segurança Pública de Goiás nessa quinta-feira (24/6).

A dupla, presa na noite de quinta, nega qualquer envolvimento no caso. O idoso é dono de uma chácara localizada em Girassol (GO) e Alan seria o caseiro da propriedade.

Policiais detiveram a dupla após receberem informação de que Lázaro Barbosa estaria recebendo auxílio de moradores da região para escapar da ação que tenta capturá-lo. Nessa sexta, a operação entre em seu décimo sétimo dia. 

Ilvan Barbosa, defensor da dupla, afirmou que os depoimentos demostram que ambos são inocentes.

“O empregado diz que não teve contato nenhum. O patrão mal passa pelo local. Durante a semana, dorme na cidade, vai lá só para alimentar animais. Não faz sentido essa prisão”, argumenta o advogado de acordo com o portal Metrópoles. 

Para o defensor, até o momento a polícia não demonstrou nenhuma prova contundente contra os detidos, citando até que os agentes teriam visto perigo em uma 'suposta arma de fogo'.  

“Até agora, o processo só tem o flagrante da suposta arma de fogo, que, na verdade, é de pressão. Isso não pode dar cadeia”, alega Ilvan Barbosa. 

Uma audiência de custódia deve acontecer ainda nesta sexta para definir se suspeitos continuarão presos. O defensor diz esperar que a soltura aconteça hoje, mas admite que há possibilidade de que a dupla só fique em liberdade no início da semana. 

O defensor diz querer a liberdade de seus clientes, mas admite que está preocupado com a integridade da dupla com uma eventual soltura. 

“A esposa dele [Elmi] me ligou já dizendo que está recebendo ameaças. O Elmi é um idoso, que passou mal ontem durante o depoimento, falando palavras desconexas. Ele não tem condições de passar por isso”, lamenta Ilvan. 

Rodney Miranda, secretário de Segurança de Goiás, alega que um dos detidos estaria portando uma das armas que Lázaro roubou, além de 50 munições. 

Na visão de Miranda, as buscas pelo suspeito, que ficou conhecido como 'serial killer do DF' só não foram bem sucedidas até o momento porque ele vem contando com ajuda de terceiros. 

“Sabíamos que não era normal ele conseguir fugir por tanto tempo sem ajuda, sem uma rede ajudando ele”, Miranda.

A dupla pode ser enquadrada como cúmplices ou coautores dos crimes praticados por Lázaro Barbosa.