24/06/2021 às 10h20min - Atualizada em 24/06/2021 às 10h20min

Bolsonaro manda PF e CGU investigarem servidor que diz ter alertado presidente sobre problemas em contrato pela vacina indiana

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, afirmou nesta quarta-feira que o governo pedirá para a Polícia Federal (PF) e para a Controladoria-Geral da União (CGU) investigarem o servidor do Ministério da Saúde que denunciou suspostas irregularidades envolvendo a compra da vacina indiana Covaxin.

Servidor concursado do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Fernandes Miranda afirmou ao GLOBO que  ter se encontrado pessoalmente com o presidente Jair Bolsonaro no dia 20 de março para denunciar as suspeitas.

Em pronunciamento no Palácio do Planalto, Onyx afirmou que Bolsonaro determinou a abertura de um inquérito para investigar "as atividades" do servidor, além de declarações do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), seu irmão.

— O senhor presidente da República determinou ao ministro-chefe da Casa Civil que a Polícia Federal abra uma investigação sobre as declarações do deputado Luis Miranda, sobre as atividades do seu irmão, servidor público do Ministério da Saúde, e sobre todas essas circunstâncias expostas no dia de hoje.

Onyx também disse que o governo pedirà à CGU a realização de um  procedimento administrativo disciplinar (PAD) para investigar o servidor:

— Iremos solicitar um procedimento administrativo disciplinar junto à CGU, um PAD, para investigar a conduta do servidor, já que o documento, que vou apresentar a seguir, existem indícios de adulteração do documento. Vamos solicitar uma perícia do documento à Polícia Federal.

Além disso, o ministro disse que será feito um pedido para que o servidor e seu irmão sejam investigados por denunciação caluniosa e fraude processual, e que o servidor seja investigado por prevaricação.

— Nós também vamos nesse PAD e junto à Procuradoria-Geral da República pedir a abertura de investigação do deputado Luis Miranda e do servidor Luis Ricardo Miranda baseado no artigo 339 do Código Penal, denunciação caluniosa, do artigo 347, fraude processual. Além disso, será investigado o servidor por prevaricação.

Apesar do governo ter divulgado que seria uma entrevista coletiva, não foram permitidas perguntas dos jornalistas presentes. Além de Onyx, também participou Elcio Franco, ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde na gestão de Eduardo Pazuello e atual assessor especial da Casa Civil.


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