01/06/2021 às 09h38min - Atualizada em 01/06/2021 às 09h38min

Professor é preso após se negar a retirar adesivo contra presidente do carro: "Bolsonaro Genocida"

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Foto: Reprodução
O professor e secretário estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) de Goiás Arquidones Bites Leão foi preso nesta segunda-feira por se recusar a retirar uma faixa do capô do carro com a mensagem "Fora Bolsonaro Genocida". No momento da prisão, os policiais explicaram que o professor ia ser enquadrado na Lei de Segurança Nacional (LSN). O professor foi levado para a sede da Polícia Federal em Goiânia, onde prestou depoimento e foi liberado à noite.

Ao sair da sede da PF, o professor se emocionou, lebrando a morte do irmão caçula por covid-19.

— Eu tenho nove irmãos e perdi o caçula porque o governo não se empenhou na compra das vacinas. Fora Bolsonaro genocida!

Segundo Arquivaldo Bites, o irmão do professor, ele foi abordado por policiais militares próximo de casa, em Trindade, na Região Metropolitana. O carro estava com a namorada do professor, que chegou a começar a retirar o adesivo, mas em seguida Arquidones chegou e se negou a cumprir as ordens do agente. Os policiais considerara que a mensagem era caluniosa contra o presidente Jair Bolsonaro e, por isso, se enquandraria na LSN.

O professor, que ajudou a organizar a manifestação no sábado contra o governo federa, filmou a abordagem do policial militar, que não usava máscara.

Nas imagens, o militar pede para Arquidones retirar o adesivo. Após o professor se negar a cumprir a ordem, o policial recita o artigo 26 da Lei 7.170, a Lei de Segurança Nacional, de 1983.

"Caluniar ou difamar o presidente da República, o do Senado Federal, o da Câmara dos Deputados ou o do Supremo Tribunal Federal, imputando-lhes fato definido como crime ou fato ofensivo à reputação".


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