11/05/2021 às 05h44min - Atualizada em 11/05/2021 às 05h44min

Suspeito de matar Patrícia Roberta é transferido para presídio, em João Pessoa

G1
Foto: Walter Paparazzo/G1
Jonathan Henrique G. dos Santos, de 23 anos, considerado o principal suspeito do assassinato da jovem Patrícia Roberta, de 22 anos, foi transferido nesta segunda-feira (10) para a Penitenciária Desembargador Flósculo da Nóbrega, mais conhecida por Presídio do Roger, em João Pessoa. Desde que foi preso em 27 de abril ele estava na Central de Polícia de João Pessoa, respeitando um isolamento social por causa da pandemia de Covid-19.

De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária do Governo da Paraíba, essa é uma medida protocolar desde que a pandemia começou, e serve para minimizar os riscos de algum novo preso levar o vírus para dentro dos presídios paraibanos. Passada essa quarentena, contudo, agora ele seguirá no presídio até ser julgado. Caso seja condenado, será transferido para o Sílvio Porto ou o PB1, presídios da capital reservado para pessoas já julgadas e condenadas.

Roberta Patrícia era amiga de Jonathan desde os tempos de colégio. Na sexta-feira, 23 de abril, ela saiu de Caruaru, onde morava, para passar o fim de semana no apartamento do amigo no bairro de Gramame. A última vez que ela conversou por WhatsApp com a mãe foi no domingo (25) e na tarde de terça-feira (27) o corpo dela foi encontrado numa área de mata no Novo Geisel.

No mesmo dia, a Polícia Civil da Paraíba prendeu Jonathan, que estava escondido em Mangabeira II, no apartamento de um amigo. Ele vai responder pelo crime de feminicídio e ocultação de cadáver.

Entenda o caso

Patrícia Roberta, de 22 anos, no ônibus que saiu de Caruaru para João Pessoa — Foto: Arquivo pessoal

Patrícia Roberta, de 22 anos, no ônibus que saiu de Caruaru para João Pessoa — Foto: Arquivo pessoal


Patrícia Roberta morava em Caruaru e há dez anos era amiga de Jonathan. Ela tinha viajado a João Pessoa na sexta-feira (23 de abril) e se hospedado na própria residência do amigo, mas desde o domingo (25) não respondia mais às mensagens da mãe. Na tarde da terça-feira (27), o seu corpo foi encontrado.

Segundo o tenente-coronel Barros, o corpo foi encontrado pela Polícia Militar às 14h15, amarrado em um plástico, totalmente coberto, numa área de mata do conjunto Novo Geisel. O corpo foi examinado pela perícia, mas antes disso um parente foi até o local e já identificou Patrícia por uma tatuagem.

Na madrugada da mesma terça-feira (27), vizinhos de Jonathan viram o jovem sair do prédio em que morava com um tonel de lixo em um carrinho de mão. Um dos vizinhos seguiu o rapaz e disse ter visto um corpo dentro do tonel.

Imagens do circuito de segurança de prédios da área também mostraram Jonathan saindo de motocicleta com algo preso ao veículo. A polícia acredita que seria um corpo.

Perícia

De acordo com a primeira perícia realizada no corpo da jovem, a morte pode ter acontecido cerca de 48 horas antes do corpo ser encontrado. Conforme a cena encontrada no local, a perita Amanda Melo disse que houve um certo tempo para envolver o corpo em plástico e lençóis, porque havia muitas camadas de plástico e detalhes sobre o ocultamento.

Uma perícia também foi realizada no apartamento do suspeito. No local, o Instituto de Polícia Científica encontrou uma lista com o nome de Patrícia e de outras mulheres.


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