23/05/2017 às 20h02min - Atualizada em 23/05/2017 às 20h02min

Deputada da PB admite deixar o PSDB se Aécio for condenado e não deixar o partido

Redação com ParlamentoPB
Foto: Reprodução
A deputada estadual Camila Toscano admitiu nesta terça-feira (23) que pode deixar o PSDB, caso Aécio Neves permaneça na legenda mesmo sendo comprovada a culpa do senador nos crimes que está sendo investigado.
"Eu tenho uma vida limpa, sempre tive uma conduta correta. Entendo que para estar dentro da política é preciso ter nome limpo. Somos representantes do povo e devemos sempre dar exemplo, nos portando sempre pautados pela ética", disse.
 
Camila Toscano defendeu hoje a saída do senador afastado Aécio Neves do PSDB. A hipótese deve se dar, de acordo com ela, depois de um processo de investigação que respeite a ampla defesa. Caso seja comprovada a culpa de Aécio, Camila acredita que não há condições dele continuar no ninho tucano.
 
Aécio Neves foi afastado da função de senador depois da denúncia de ter recebido propina de R$ 2 milhões da JBS. O pagamento ocorreu mesmo após virem à tona as delações da construtora Odebrecht, que resultaram em cinco inquéritos contra Aécio por corrupção e lavagem de dinheiro.
 
"Se ele vier a ser punido, se for comprovado que ele realmente agiu assim, eu acredito que ele deve deixar o partido. Nós não teremos como permanecer porque nós estaremos sendo colocados na vala comum", disse a deputada.
 
Aécio Neves está sendo investigado por ter pedido R$ 2 milhões aos irmãos Joesley e Wesley Batista, donos do frigorífico JBS. Tudo foi registrado em vídeo. Após a delação dos empresários, o parlamentar deixou o comando do PSDB e foi afastado do cargo de senador.
 
A Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na casa de Aécio em Brasília. Os agentes também reviravam seu apartamento no Rio de Janeiro, seu gabinete no Senado e o sítio de sua família em Cláudio, no interior de Minas Gerais. Em seguida, sua principal conselheira política, a irmã Andrea Neves, foi presa em Belo Horizonte, acusada de intermediar o pagamento de R$ 2 milhões. O primo Frederico Pacheco de Medeiros, gravado pela PF recebendo os recursos da JBS, foi detido também. 
 
A Procuradoria-Geral da República pediu a prisão preventiva do tucano. O relator da Lava Jato no Supremo, ministro Edson Fachin, entendeu que, por ser parlamentar, ele só poderia ser preso em flagrante – diante disso, decidiu apenas afastá-lo do cargo.Ontem (22) o procurador voltou a pedir a prisão do tucano.

 


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