17/04/2021 às 17h01min - Atualizada em 17/04/2021 às 17h01min

Paraíba, DF e outros 20 estados receberam mais "kit covid" que medicamentos para intubação

A maioria dos Estados brasileiros recebeu do Ministério da Saúde mais medicamentos do chamado “kit covid” do que remédios que compõem o kit intubação, necessário para alguns pacientes internados com quadros graves de covid-19. Os itens do kit intubação estão em falta em diversos Estados e municípios, segundo constata desde março o Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde).

O “kit covid” é formado por difosfato de cloroquina, hidroxicloroquina e fosfato de oseltamivir (o tamiflu). Não há estudos científicos que comprovem, conclusivamente, a eficácia desses medicamentos no tratamento da covid-19. Desde junho do ano passado, o Ministério da Saúde remeteu 21,6 milhões de unidades desses fármacos aos Estados e ao Distrito Federal.

Já os kits para intubação são compostos por sedativos, neurobloqueadores musculares e analgésicos opioides –insumos básicos para realizar o procedimento, que visa a preservar a respiração do paciente. Foram distribuídos 8,61 milhões de unidades desses remédios desde junho de 2020.

De acordo com os dados atualizados até essa 5ª feira (15.abr.2021) pelo LocalizaSUS, plataforma do Ministério da Saúde, foram 22 unidades federativas, em todas as regiões do país, que receberam em maior quantidade os remédios do “kit covid” do que os do kit intubação.

O Estado que mais recebeu medicamentos do “kit covid” foi São Paulo, com 7.139.750 comprimidos. Também é o Estado que tem a maior diferença entre medicamentos do kit covid e medicamentos para intubação. Foram 1.394.957 ampolas de remédios do último grupo. Ou seja, uma quantidade 80,5% menor do que a de comprimidos sem eficácia comprovada, o equivalente a 5.744.793 unidades.

O Espírito Santo é o Estado que menos recebeu remédios para intubação, com 37.101 ampolas. Foram entregues no Estado 494.400 medicamentos do “kit covid”.

Apenas Amapá, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Tocantins receberam mais medicamentos para intubação do que cloroquina, hidroxicloroquina e tamiflu.

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