14/04/2021 às 15h38min - Atualizada em 14/04/2021 às 15h38min
Após dar exemplo de vacinação ao Brasil, PMJP não pode ser responsabilizada pela falta de imunizante provocada pela incompetência do Ministério da Saúde
Desde que iniciou a vacinação contra covid-19, João Pessoa vinha sendo exemplo para a Paraíba e o Brasil.
O trabalho realizado pelos profissionais de saúde da capital alavancou os números do Estado e fez a Paraíba apareceu como quarto no ranking nacional de vacinação.
João Pessoa também foi apontada como a primeira capital do Nordeste e a segunda do país mais avançada no quesito faixa etária da vacinação e já imunizava pessoas com comorbidades à partir dos 57 anos. Sem contar que a capital foi a primeira a imunizar todos da faixa etária acima dos 70 anos.
Isso é fato, não tem o que discutir.
O que também é fato é que o governo federal encaminhou aos municípios, através do Ministério da Saúde, a época comandado pelo general Pazzuelo, que fossem aplicadas TODAS as vacinas que estavam sendo guardadas para a segunda dose, pois estava GARANTIDO que, após novos contratos serem firmados com laboratórios que produzem o imunizante, não faltariam vacinas. Mas não foi o que aconteceu.
Além disso, João Pessoa teve que disponibilizar 10 mil doses da Coronavac para outros municípios após ação impetrada pelo Conselho de Secretarias Municipais de Saúde da Paraíba – COSEMS/PB.
Agora me digam: como uma equipe de saúde que chegou a esses índices tão impressionantes no país seria agora incompetente e irresponsável a tal ponto de paralisar a vacinação em João Pessoa?
A verdade, nua e crua, é que o governo federal, através do Ministério da Saúde, não cumpriu com o prometido: faltou vacina. Todos os pessoenses sabem que a prefeitura já ingressou no consórcio nacional para adquirir vacinas contra covid-19 com recursos próprios, mas até agora o ÚNICO ente público autorizado a comprar vacinas é o governo federal e a prefeitura não pode ser responsabilizada por seguir os protocolos do Ministério da saúde, que deixou na mão não só nossa capital, mais diversas outras grandes cidades do país sem vacina.