09/02/2021 às 20h23min - Atualizada em 09/02/2021 às 20h23min

Marqueteiro de diversas campanhas de Maranhão, Ruy Dantas se emociona ao falar do "mestre de obras"

Um homem que "abdicou da sua vida pessoal" para se dedicar a política, foi assim que o radialista definiu como o senador viveu seus 87 anos

O programa F5, da 89 Rádio Pop, desta terça-feira (9), foi todo dedicado a homenagear o senador José Maranhão, que faleceu na noite da segunda-feira (8), vítima da Covid-19. Ruy Dantas, que divide a bancada com Fábio Bernardo e Paulo Neto, abriu o programa emocionado, falando sobre a carreira política do mestre de obras da Paraíba.

Ruy elencou as obras de Maranhão que, para o radialista, foram as mais estruturantes para o Estado e para as duas maiores cidades da Paraíba, João Pessoa e Campina Grande.

“Um homem que governou a Paraíba por três vezes e que ganhou a alcunha de mestre de obras. Pois o seu dedo e sua mão nas obras mais estruturantes da Paraíba. A BR 230, duplicada até Campina Grande, foi feita em seu governo. O viaduto das Três Lagoas, a BR 108, com destino ao Litoral Sul, os dois principais hospitais de trauma de João Pessoa e Campina Grande, o Canal da Redenção, todos eles tem o dedo e a mão do mestre de obras, José Maranhão”, exemplificou.

O radialista relembrou a história política de Maranhão, quando foi vice da chapa de Antônio Mariz e logo em seguida se tornou governador do Estado. Em sua fala, Ruy destacou que Maranhão saí da política de mãos limpas, da forma que entrou.

“A Paraíba sepultará nas próximas horas, talvez, umas das grandes unanimidades em termos de homem púbico. Um país acostumado a escândalos envolvendo seus políticos, Maranhão saí da vida pública da mesma forma que entrou, com as mãos limpas”, ressaltou.

Um homem que “abdicou da sua vida pessoal” para se dedicar a política, foi assim que Ruy definiu como José Maranhão viveu seus 87 anos. O radialista ainda ressaltou o fato de Zé não aproveitar os feriados e as poucas viagens realizadas pelo senador teriam sido feitas a trabalho, no exercício de cargo político.

“Maranhão, nesses mais de 80 anos, abdicou da sua vida pessoal, ele não tinha fins de semana, não tinha feriados, ele sequer viajava para outros países. As poucas viagens que Maranhão fez foi no exercício do cargo de senador”, afirmou.

Ruy relembrou a força de Zé que, para o comunicador, nunca se abalou com os obstáculos. O radialista descreveu o senador como “sereno”. Nos 70 dias de luta contra o coronavírus, Ruy acredita que a serenidade de Zé Maranhão tenha o ajudado a sobreviver cerca de 30 dias sem pulmão, respirando com equipamentos de ventilação artificial.

“Ele nunca deixou se abalar, sempre foi sereno e, talvez, tenha sido essa serenidade que o fez resistir bravamente há mais de 70 dias no hospital, lutando contra uma das suas últimas batalhas. Pouca gente sabe, mas o senador passou mais de 30 dias sem pulmão. Ultimamente ele respirava através de um pulmão artificial e foi isso que o derrubou. Não fosse esse estrago que  o Covid fez em seu pulmão, ele certamente estaria de volta, porque como guerreiro que sempre foi, certamente venceria mais uma batalha”, descreveu.

Finalizando sua fala, o radialista agradeceu ao senador por todas as obras que ele deixou no Estado e por seu legando que vai continuar marcando a história política da Paraíba.

Paraíba Já


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