20/11/2020 às 05h33min - Atualizada em 20/11/2020 às 05h33min

Navio com combustível atrasa, mas Sindicato nega falta de gasolina na Paraíba

Foto: Ilustrativa
Motoristas formaram filas nos postos de combustíveis de Campina Grande, desde a noite da quarta-feira (18), após o anúncio feito pelo presidente do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis (Sindrev), Bruno Agra, de que houve um atraso no abastecimento de postos de combustíveis do estado. Apesar do problema, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado (Sindpetro) garante que não vai haver desabastecimento no estado.

De acordo com a nota publicada pelo Sindicato de Revendedores, aconteceu um atraso na entrega de combustíveis em alguns estados do Nordeste, entre eles, a Paraíba. O documento, no entanto, não menciona falta de gasolina.

Além do Sindpetro, a Companhia Docas da Paraíba também garantiu que os terminais de combustíveis do complexo portuário de Cabedelo têm estoque suficiente para o prosseguimento normal da distribuição da gasolina até o desembarque da nova carga.

O Sindpetro publicou uma nota para esclarecer que “em virtude de um problema pontual de logística de algumas distribuidoras, o fluxo de distribuição ficou um pouco irregular nós últimos dias, afetando especialmente os postos de bandeira branca, contudo a situação já está sendo normalizada com a retomada da logística normal”.

Ao G1, o presidente do Sindpetro, Omar Hamad, explicou que o problema na logística é o atraso de um navio. “Conversei com as bases, com os fornecedores e não vai faltar combustível. Tem produto. Há uma contenção, mas não há nada de prejuízo para a população. A prioridade está sendo para os postos bandeirados, o que não significa que a população precisa iniciar uma corrida aos postos por medo de que falte combustível”. Ainda conforme o presidente, o navio tem previsão de chegar na Paraíba entre segunda-feira (23) e terça-feira (24).

A nota ainda diz que “é importante registrar que em virtude dessa situação, as distribuidoras têm privilegiado os postos bandeirados ou com contrato, contudo, confirme medidas já adotadas, a questão já está voltando ao estágio regular de distribuição e entrega dos produtos aos postos que não possuem contatos de exclusividade”.

“Orientamos aos consumidores e a sociedade em geral que mantenham a rotina regular de abastecimento dos veículos, porque não há qualquer risco de desabastecimento”, afirma a nota.

O Procon de Campina Grande também se pronunciou sobre a corrida da população para garantir o combustível com medo de uma possível falta. O órgão municipal informou que, desde a quarta-feira (18), a fiscalização do Procon está monitorando os 58 postos da cidade para que não haja variações de preços dos produtos e os eventuais aumentos injustificados serão punidos com multa.

Ainda segundo a nota do Procon, não há riscos de se repetir o que houve no período da greve de caminhoneiros, em maio de 2018. A previsão é que no sábado (21) tudo seja normalizado. Portanto, o Procon orienta que a população tenha cautela, só abasteça o necessário e evite aglomerações, devido à pandemia de Covid-19. “Movimentos como estes contribuem para a proliferação do novo coronavírus e o aumento de casos da doença”, diz.

A Companhia Docas da Paraíba (DOCAS/PB) também publicou uma nota de esclarecimentos que diz que a “programação de movimentação de navios petroleiros no Porto de Cabedelo segue ocorrendo normalmente, com previsão de atracação do navio Celso Furtado para o dia 23, quando serão descarregados mais de 14.000t (quatorze mil toneladas) de gasolina”.

De acordo com a Docas, as quatro terminais de combustíveis do complexo portuário de Cabedelo, responsáveis pelo abastecimento dos 223 municípios da Paraíba, além de cidades do interior de Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte, possuem estoque suficiente para o prosseguimento normal da distribuição do referido insumo até o desembarque da nova carga.

“Eventuais regulações de estoque no armazenamento de graneis líquidos nos terminais de Cabedelo, com remanejamento de algum tipo de combustível de ou para outros centros de distribuição da região Nordeste via modal rodoviário, são expedientes considerados normais, a depender da demanda de cada localidade e de suas bases de abastecimento”, diz a nota.


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