08/11/2020 às 08h11min - Atualizada em 08/11/2020 às 08h11min

Cantora Vanusa morre aos 73 anos

Extra
A cantora Vanusa morreu na madrugada deste domingo, dia 8, na casa de repouso onde vivia há mais de dois anos em Santos, no Litoral de São Paulo. De acordo com a assessoria de imprensa da cantora, que tinha 73 anos, um enfermeiro da unidade percebeu, por volta das 5h30 da manhã, que ela estava sem batimentos cardíacos. O serviço de emergência da UPA local foi chamado e os profissionais constataram insuficiência respiratória como a causa da morte.

De agosto a setembro, Vanusa ficou internada no Complexo Hospitalar dos Estivadores para tratar uma pneumonia. Ela chegou a ficar na UTI e respirar com ajuda de aparelhos. Nos últimos anos, a artista sofreu com depressão e outros problemas gerados pelo uso de medicamentos tarja preta em excesso, o que a deixaram muito debilitada. O filho da cantora, Rafael Vannucci, está viajando para São Paulo para tratar dos trâmites do enterro.

Ainda de acordo com representantes da cantora, Vanusa recebeu a visita da filha mais velha, Amanda, no último sábado. ''Ela cantou, brincou, riu, se alimentou bem'', informou a nota divulgada na manhã deste domingo.

Vanusa Santos Flores nasceu em 22 de agosto de 1947, na cidade de Cruzeiro, estado de São Paulo, sendo criada nas cidades mineiras de Uberaba e Frutal. Aos 16 anos, tornou-se vocalista do conjunto Golden Lions. Em uma das apresentações foi ouvida por Sidney Carvalho, da agência de propaganda Prosperi, Magaldi & Maia, que a convidou para ir a São Paulo.

Em 1966, durante os últimos anos do movimento cultural Jovem Guarda, apresentou-se no programa O Bom, de Eduardo Araújo, na extinta TV Excelsior de São Paulo. Logo, foi contratada pela RCA Victor e ganhou êxito com a canção "Pra Nunca Mais Chorar" (Eduardo Araújo e Carlos Imperial). O sucesso a fez participar do programa Jovem Guarda, da TV Record, em suas duas últimas edições.

Em 1968, gravou seu primeiro álbum, estreando ainda como compositora em três canções, uma delas em parceria com David Miranda. Cinco anos depois, em seu quarto LP, já como contratada da gravadora Continental, lançou seu maior sucesso: "Manhãs de Setembro", composta em parceria com Mário Campanha. Em 1975, lançou outro hit: "Paralelas", uma composição de Belchior. Em 1977, protagonizou ao lado de Ronnie Von a telenovela Cinderela 77, da Rede Tupi.

Ao longo de sua carreira, gravou 23 discos e vendeu mais de três milhões de cópias. Representou o país em vários festivais internacionais e recebeu cerca de 200 prêmios. Por dois anos seguidos foi eleita a Rainha da Televisão.

Em 1997, publicou sua autobiografia: "Vanusa - A Vida Não Pode Ser Só Isso!", pela editora Saraiva. Em 2005, participou de vários concertos comemorativos aos 40 anos da Jovem Guarda.

Em 1999, depois de cinco anos sem gravar e apresentando-se apenas eventualmente, Vanusa estreou no Teatro Santa Catarina (São Paulo,SP), o musical Ninguém é Loira por Acaso, escrito e produzido pela jornalista Léa Penteado de quem é amiga desde os anos 70. No musical autobiográfico além dos seus sucessos ela estimular as mulheres a não abdicar dos seus sonhos. "Eu mesma estou realizando um, que é o de ser atriz", comenta Vanusa que atuou em Hair, em 1973, quando ouviu do diretor, Altair Lima, que nunca mais deveria deixar o teatro.

Em 2015, lançou seu primeiro álbum de canções inéditas em 20 anos: "Vanusa Santos Flores", produzido por Zeca Baleiro. A cantora foi casada duas vezes: com o músico Antônio Marcos com quem teve as filhas Amanda e Aretha, e com o ator e diretor de televisão Augusto César Vannucci, pai do seu filho Rafael Vannucci.


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