01/07/2020 às 16h49min - Atualizada em 01/07/2020 às 16h49min

São Paulo pode iniciar semana que vem teste da vacina contra covid-19

Dado Ruvic/Reuters
Governador de São Paulo, João Doria, anunciou hoje (1º) os 12 centros clínicos responsáveis pelo recrutamento de voluntários para a terceira fase de testes da Coronavac, vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac Biotech para combater o coronavírus.

Os testes que serão coordenados pelo Instituto Butantan, devem ser realizados em 9 mil voluntários em centros de pesquisas de seis estados, entre eles está São Paulo, que aguarda apenas a aprovação Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que seja dado início no estado, o que deve acontecer ainda nesta semana.

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, acredita que os testes da vacina já se iniciem próxima semana. Brasília, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná além de São Paulo são os estados previstos para realizar os testes. 

"Esperamos começar também já na semana que vem. O Butantan realizará o desenvolvimento final da vacinação. Na minha expectativa, é uma das vacinas mais promissoras do mundo. Vamos sair já com um acordo, havendo registro, de disponibilização para o Brasil inicialmente de 60 milhões de doses ", disse Covas.

A vacina contém fragmentos do vírus inativo, com a aplicação da dose, o sistema imunológico passara a produzir anticorpos contra o agente causador da Covid-19. Metade dos voluntários receberam a vacina e a outra metade placebo, substancia inócua, porém não saberão qual estrão recebendo.

“E tudo isso será acompanhado, por um determinado tempo, por um organismo internacional que verifica os dados [se a vacina é ou não eficiente e segura]”, disse o diretor do Butantan.

A vacina contra o vírus desenvolvida pela Sinovac, é considerada uma das mais promissoras do mundo, por usar tecnologia já conhecida e aplicada em outras vacinas.  Caso a vacina seja aprovada, a Sinovac e o Butantan firmaram acordo de transferência de tecnologia para produção em escala industrial tanto na China quanto no Brasil para fornecimento gratuito ao Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, pelas previsões de Dimas Covas, o Instituto Butantan terá que ser adaptado para produzir a vacina, o que pode levar até dez meses.

Vitória Borges


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