29/05/2020 às 17h04min - Atualizada em 29/05/2020 às 17h04min

Novo Plano Decenal de Energia trará ajustes por causa da pandemia

Vitória Borges
Foto: Reprodução
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque informou, hoje (29), sobre a nova versão do Plano Decenal de Energia (PDE 30), que será apresentada em julho, terá ajustes no planejamento energético em razão da pandemia Covid-19. 

Elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) para um período de 10 anos, o plano traça diretrizes para os sistemas de geração e transmissão de energia, tomando como base a demanda de mercado.

O evento reuniu ministros e autoridades governamentais de 11 países (Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Dinamarca, Estados Unidos, Inglaterra, Japão, Polônia e Singapura), além do diretor executivo da AIE, Fatih Birol. Eles debateram com os presidentes de 10 empresas globais de energia o status atual e o futuro dos investimentos em energia e sua sustentabilidade e segurança.

Em sua fala, Bento Albuquerque disse que uma das consequências da crise gerada pela pandemia de covid-19 no país foi o adiamento das licitações de energia elétrica previstas para este ano. A crise gerada pela pandemia reduziu a demanda de energia elétrica no país. 

De acordo com o ONS, a estimativa é que a carga no Sistema Interligado Nacional tenha retração de 5,4%, em junho, ficando em 60.285 MW médios. Caso a estimativa seja confirmada, será a quarta queda seguida no ano. A primeira ocorreu em março, com os primeiros efeitos da pandemia do coronavírus no país, com redução de 0,6% na carga. Em abril, houve recuo de 11,6% e, em maio, a previsão está na casa de 10% de redução na comparação com os mesmos meses de 2019.

O ministro disse que, mesmo com o atual cenário, o Brasil conseguiu garantir o fornecimento de energia elétrica nos últimos três meses. Ainda segundo o ministro, o país tem energia elétrica suficiente contratada até 2025, em razão das rodadas de licitação realizadas no ano passado.

“A crise está nos fazendo trabalhar ainda mais para garantir a saúde dos nossos setores de geração, transmissão e distribuição. Temos sido bem-sucedidos até agora e estamos confiantes de que voltaremos mais fortes, e as energias renováveis continuarão sendo parte integrante dos nossos planos energéticos para o futuro”, afirmou Bento Albuquerque.


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