27/05/2020 às 15h50min - Atualizada em 27/05/2020 às 15h50min

Brasil perde mais de 860 mil empregos formais em abril

Vitória Borges
O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados divulgou hoje (27), dados que mostram que as demissões superaram as contratações com carteira assinada em 860.503 postos de trabalho, em abril. Foram 1.459.099 desligamentos e 598.596 contratações. 

De acordo com o Ministério da Economia, os dados mostram que a queda no número de contratações contribuiu de forma expressiva para o saldo negativo de empregos formais. Enquanto as demissões subiram para 17,2%, as admissões caíram 56,5% na comparação com abril de 2019.

O secretário Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco, disse que o resultado é reflexo dos efeitos da pandemia do novo coronavírus na economia brasileira. “É um número duro, que reflete a realidade de pandemia que vivemos, mas que traz algo positivo. Demostra que o Brasil está conseguindo preservar emprego e renda. No entanto, pelos mesmos motivos de pandemia, não estamos conseguindo manter a contratação que mantínhamos outrora”, disse, acrescentando que na comparação com outros países, o Brasil está em situação melhor.

Segundo o Ministério da Economia com a Medida Provisória 936/2020 editada em 1º de abril, onde foi criado o Programa Emergência de Preservação do Emprego e da Renda, mais de 8,1 milhões de empregos foram preservados no país.

O programa prevê que os trabalhadores que tiverem jornada reduzida ou contrato suspenso e ainda auxílio emergencial para trabalhadores intermitentes com contrato formalizado receberão o Benefício Emergencial de Preservação da Renda e do Emprego (BEm).

É a primeira divulgação do Caged após o preenchimento de informações da base de dados passar para o Sistema de Escrituração Fiscal Digital das Obrigações Fiscais Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial). Com a mudança, o cumprimento de 13 obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas fica centralizado em um só sistema.

Uma inovação do Caged é o agrupamento de setores da economia. Até dezembro passado, eram oito: comércio, serviços industriais de utilidade Pública (SIUP), extrativa mineral, administração pública, agropecuária, construção civil, indústria de transformação e serviços.

Com a reformulação do Caged, os dados estarão na mesma divisão feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São eles: comércio, serviços, indústria geral, construção civil e agricultura.

Após a primeira divulgação do Novo Caged, o ministério definiu um calendário para os próximos dados do emprego formal no país: as informações de maio serão divulgadas no dia 29 de junho; em julho serão divulgados os dados de junho e assim por diante.


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