22/05/2020 às 14h27min - Atualizada em 22/05/2020 às 14h27min

Braga Netto: 'se a economia não voltar, vai ter gente morrendo de fome'

Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Em um relato detalhado feito hoje (22) das ações do governo federal nos últimos 60 dias para o combate a Covid-19 à Comissão Mista do Congresso Nacional, o ministro-chefe da Casa Civil, Walter Souza Braga Netto, destacou o auxílio emergencial, que está sendo pago pelo governo federal e afirma que os recursos são finitos e que a economia precisa voltar sob pena de um caos social.

“O recurso é finito. Quando terminar o recurso, e não tem como continuar por muito tempo, a economia tem que voltar e aí nós precisamos do apoio dos senhores, porque se a economia não voltar, nós vamos ter gente morrendo de fome e vamos ter caos social, de desabastecimento e tudo mais”, disse o ministro-chefe.

Quando questionado sobre as dificuldades das micro e pequenas empresas de tomarem o credito em condições especiais, Braga Netto disse que uma nova medida provisória (MP), para retirar as travas para que o crédito efetivamente chegue as micro e pequenas empresas está prestes a ser editada pelo governo.

Outra medida anunciada aos parlamentares durante a audiência pública foi o lançamento pelo governo federal, em até 60 dias, do Pró-Brasil. O programa não prevê gastos de recursos públicos. 

“O Pró-Brasil não prevê dinheiro. É uma ferramenta para priorizar os projetos que existe no governo com ênfase em projetos que possam atrair investimentos particulares e privados. Eu tenho sido procurado por diversos empresários, diversas entidades nacionais e internacionais, que querem botar dinheiro, mas tem insegurança de aplicar no país. O Pró-Brasil é um programa de desenvolvimento é o caminho da prosperidade”.

Perguntado sobre a demora para liberação de recursos e distribuição de insumos para o combate a Covid-19, por parte do governo federal para os estados e municípios, Braga Netto, se queixou da burocracia. Um gestor da Esplanada dos Ministérios para fazer um gasto e não ter o CPF bloqueado ou responder ao Tribunal de Contas e a todos os órgãos de controle, tem que tomar uma série de medidas que, afirmou, dificultam a execução desses recursos. 

Além disso, o general lembrou que há uma corrida de material fora do Brasil e há também dificuldade da chegada desse material da China, por exemplo. “Uma das medidas que nós pretendemos fazer durante a execução do Pro Brasil, já conversamos com isso com a [pasta da] Economia, é encaminharmos para o Congresso a aprovação de medidas que facilitem essas execuções”, adiantou.

Vitória Borges


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