18/05/2020 às 16h25min - Atualizada em 18/05/2020 às 16h25min

Produção de automóveis no Brasil é retomada pela General Motors e Volkswagen

Nesta segunda-feira (18) a General Motors e Volkswagen anunciaram a retomada da produção de veículos em São Caetano do Sul (SP) e São José dos Pinhais (PR), respectivamente, após as paralisações devido ao coronavírus.
 
Desta forma, na GM, as atividades terão como foco o novo Tracker, lançado no início do período de quarentena.  Na Volks, a primeira linha produtiva reativada será a do T-Cross.
 
No entanto, foram estabelecidos, segundo as fabricantes, rígidos protocolos de prevenção para garantir a segurança dos funcionários.
 
Dentre as medidas, estão o uso de máscaras, reforço da higiene, distanciamento social (com adaptações em transportes e refeitórios), medição diária de temperatura corporal, formulário digital de autodeclaração de saúde, além de um monitoramento de casos suspeitos ou confirmados.
Neste primeiro momento, para a General Motors, o retorno será apenas para os trabalhadores do primeiro turno.
 
“Ele (o protocolo) é baseado nas orientações globais da GM e aprendizados que tivemos das nossas operações que já retomaram na China e na Coreia do Sul, e foi testado pelas equipes que estão nas fábricas consertando respiradores", disse Luiz C. Peres, vice-presidente de manufatura da GM América do Sul.
 
A GM também afirmou que manterá as outras atividades de combate ao coronavírus iniciadas durante a paralisação, como a produção de máscaras e o conserto de respiradores.
 
Já, a retomada da Volkswagen, será feita em dois turnos "em ritmo mais lento" para a fábrica paranaense. De acordo com a empresa, as unidades paulistas de São Bernardo do Campo, São Carlos e Taubaté têm previsão de retorno para o final de maio.
Foram providenciadas 67 mil máscaras de tecido para os funcionários, que terão uso obrigatório do equipamento, e criados postos de atendimento médico dentro das fábricas.
 
“O retorno é um sinal importante para nós, para nossa rede de concessionárias, fornecedores e a economia em geral. No contexto pandemia, porém, este é apenas o primeiro passo", disse Pablo Di Si, presidente da Volkswagen para a América Latina.
 
Entretanto, a indústria automotiva a registrou sua maior queda na história no mês de abril. Com praticamente todas as fábricas do setor paradas por causa do coronavírus, a produção despencou 99%, segundo a associação das fabricantes, Anfavea.
 
De acordo com a entidade, o Brasil é o 6º país com maior queda no número de licenciamentos no mundo comparando os meses de abril - desconsiderando a China, que não divulgou números.
 
No último mês, foram produzidos 1.847 automóveis, comerciais leves (picapes e furgões), caminhões e ônibus, contra 267.561 no mesmo período no ano passado.
 
O coronavírus também causou uma queda de 76% nos licenciamentos de veículos, que foram de 231.936 unidades em abril de 2019 para 55.735 em 2020. Em comparação a março, com 163.625, a redução foi de 65,9%.
 
 
Débora Costa
Primeiras Notícias
 


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