13/05/2020 às 15h17min - Atualizada em 13/05/2020 às 15h17min

Bolsonaro defende do fim do isolamento; governo estima queda na economia de 4,7% este ano

Ao sair do Palácio da Alvorada, nesta quarta-feira (13) o presidente Jair Bolsonaro voltou a defender o fim do isolamento social dizendo que alguns brasileiros precisam trabalhar para sobreviver e sustentar sua família.
 
Bolsonaro, durante a entrevista à imprensa, não poupou críticas ao governador de São Paulo, João Dória, que declarou há pouco tempo que “era melhor o isolamento do que o sepultamento”.

“Quem ficar em casa vai morrer de fome, não podemos ficar hibernando em casa”, afirmou o presidente, que em seguida, lamentou o fato de que muitos pais de família não conseguem trabalhar devido a pandemia.
 
"Quem está passando fome perde a razão. Quando ele chega em casa e vê o filho passando fome, ele não pode fazer nada. Ele se desespera, porra. Ele fica doido. Briga em casa, briga com o vizinho”, prosseguiu Bolsonaro. “Vamos esperar chegar a esse ponto para reagir? O povo tem que voltar a trabalhar!”
 
Bolsonaro aproveitou também, para comentar que aqueles que têm condições de sobreviver não estão enfrentando problema nenhum devido ao isolamento. “ficar em casa para quem pode é legal, sem problema nenhum. Mas para quem não tem condições, a geladeira está vazia, tem três, quatro filhos chorando. Tem gente que chega em casa e tem danoninho, carne de primeira."
 
Diante disso, referente a atual crise causada pelo coronavírus, a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia, projeta queda de 4,7% da economia neste ano.
 
Em janeiro, o ministério previa crescimento de 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país.
 
Já no mês de março, no início da crise, a previsão era de estabilidade (0,02%).
 
Vale ressaltar que os números foram divulgados hoje, por meio do Boletim MacroFiscal, em Brasília.
 
“Provavelmente, a retração do PIB neste ano será a maior de nossa história. Não obstante, é fato que o efeito dessa doença aflige a grande maioria dos países. Conforme as projeções dos analistas econômicos, a queda na atividade será uma das maiores para muitos países desenvolvidos e emergentes no período pós-guerra. Desta maneira, a paralisação das atividades, deterioração do emprego e a piora no cenário internacional promoveram redução na projeção do crescimento brasileiro de 2020 para -4,7%, que anteriormente era de 0,0% - valor presente na Grade de Parâmetros de março de 2020”, disse a publicação
 
Para 2021, a previsão é que o PIB cresça 3,2%, ante a previsão anterior de 3,3%. Em 2022, a expectativa é de expansão de 2,6% e, em 2023 e 2024, 2,5% em cada ano.
 
Débora Costa
Primeiras Notícias
 

 

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