Homem invade live de igreja católica e quebra imagem de Nossa Senhora

Um homem invadiu uma igreja católica e quebrou uma imagem religiosa, em São Domingos, cidade distante cerca de 250 Km de Salvador, na sexta-feira (8). A informação foi confirmada pela Polícia Militar. Toda a situação foi registrada por imagens de uma transmissão ao vivo feita pelas redes sociais da igreja

Nas imagens, dá para ver que alguns religiosos estavam no local, transmitindo uma celebração para as pessoas de casa, quando uma das mulheres que comandava a transmissão anunciou que voltaria em pouco tempo.

Apesar das informação de interrupção, a transmissão não é encerrada e dá para ver o momento em que o homem entra no local. Poucos instantes depois um barulho e, em seguida, uma das religiosas fala: "Mãe da divina providência, iluminai a nossa vida".

Na sequência, a transmissão é encerrada e no retorno a mulher explica a situação: "Um indivíduo entrou na nossa igreja, visivelmente alterado [...]. O rapaz quebrou uma imagem da nossa igreja. Nossa Senhora, nosso mês de Maria. Infelizmente. Mas, a gente vai seguir.", relatou.

Segundo a PM, agentes do 16º Batalhão de Polícia Militar (BPM) foram até o local, identificaram o homem e entraram em contato com duas pessoas que estavam no momento do fato, quando recomendaram o registro da queixa em uma delegacia.

Apesar da orientação, o caso só deverá ser registrado na segunda-feira (11). Ninguém foi preso.



Em nota publicada no Calila Notícias, o Padre Aroldo Carneiro, administrador paroquial a 9 anos em Valente e São Domingos, classificou o episódio como irresponsável. 

“É com muita tristeza e pesar que informamos à comunidade sobre este ato irresponsável e de notória intolerância religiosa, que se constitui em crime de ódio e fere a dignidade. Intolerância é a incapacidade em aceitar o que é diferente, é não tolerar opiniões ou práticas que se diferem das suas e muitas vezes são seguidas de atitudes preconceituosas e até mesmo violentas. Nós repudiamos todo e qualquer tipo de preconceito, discriminação e violência”, disse o religioso.