27/04/2020 às 14h24min - Atualizada em 27/04/2020 às 14h24min

'Homem que decide a economia no Brasil é um só: Paulo Guedes', diz Bolsonaro

Foto: Jorge William / Agência O Globo
Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (27) após se reunir com o ministro da economia, Paulo Guedes, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Netto, o presidente Jair Bolsonaro afirmou “Acabei mais uma reunião aqui tratando de economia. E o homem que decide a economia no Brasil é um só: chama-se Paulo Guedes. Ele nos dá o Norte, nos dá recomendações e o que nós realmente devemos seguir”.

Passada a fala para o ministro da economia, o mesmo afirmou que o governo segue firme em sua política econômica de responsabilidade fiscal. Ele afirmou que os gastos públicos extraordinários feitos em decorrência da crise do coronavírus, são uma exceção na condução da política econômica, além de comentar sobre o Pró-Brasil na entrevista.

Na semana passada, foi apresentado pelo governo o programa Pró-Brasil, com medidas que envolvem basicamente injetar dinheiro na economia e amenizar o impacto da queda da atividade causada pela pandemia do coronavírus. Guedes e sua equipe econômica acreditam que investimentos privados são o motor da economia.

Ao enfatizar a determinação do governo de manter diretrizes de controle de gastos públicos, o ministro afirmou que o Brasil não vai se transformar em Venezuela ou Argentina. Segundo ele, o governo poderá ampliar investimentos próprios em infraestrutura, mas sem criar grandes planos de desenvolvimento, a exemplo dos criados em governos anteriores.
 
Afirmou ainda que em casos de servidores públicos, deverá passar no congresso essa semana um importante programa para descentralizar recursos para estados e municípios, mas com contrapartidas, deu o exemplo de não conceder reajustes a servidores públicos, a fim de auxiliar no esforço para enfrentar crise. Assegurando ainda que o governo não pretende reduzir salário de servidores, mas é necessário que o funcionalismo público faça um sacrifício pelo país.

“Precisamos também que o funcionalismo público mostre que está com o Brasil, que vai fazer um sacrifício pelo Brasil, que não vai ficar em casa trancado com geladeira cheia e assistindo a crise enquanto milhões de brasileiros estão perdendo emprego. Não, eles vão colaborar. Eles vão também ficar sem pedir aumento por algum tempo. Ninguém vai tirar. E o presidente disse ‘ninguém tira direito, ninguém tira salário, ninguém encosta em nenhum direito que existe hoje’”, afirmou Guedes.

Vitória Borges
Primeiras Notícias


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