07/03/2020 às 07h09min - Atualizada em 07/03/2020 às 07h09min

VÍDEO: Ronaldinho passa noite na cadeia após ser preso preventivamente no Paraguai

Globo esporte.com
Pouco depois de prestar depoimento no Palácio de Justiça, em Assunção, Ronaldinho Gaúcho foi detido na noite desta sexta-feira por autoridades paraguaias, junto com seu irmão, Roberto de Assis, pelo uso de carteiras de identidade e passaportes adulterados no país. Os dois vão passar a noite em uma cela da Agrupación Especializada da Polícia Nacional, uma instalação anteriormente usada como cadeia comum mas que atualmente recebe apenas alguns presos de maior relevância.

Em 2018, o traficante brasileiro Marcelo Pinheiro da Veiga, o Marcelo Piloto, que já foi o número 2 do Comando Vermelho, ficou detido lá. Também estiveram presos no local o deputado paraguaio Miguel Cuevas e o ex-presidente do Sportivo Luqueño, Ramón González Daher.

A Justiça paraguaia decidirá neste sábado se revoga o pedido de prisão preventiva ou se os dois brasileiros permanecerão detidos no país. O advogado dos dois irmãos, Adolfo Marin, deixou a cadeia no fim da noite, mas não deu detalhes da situação:

– Ele (Ronaldinho Gaúcho) colaborou desde o primeiro momento – afirmou o advogado paraguaio, que foi breve também ao falar sobre a possibilidade de saída da prisão. – Não temos comentário a fazer sobre isso, amanhã vamos saber.

Ronaldinho Gaúcho e Assis prestaram depoimento nesta sexta-feira. A audiência com o juiz Mirko Valinotti, do Juizado Penal de Garantias de Assunção, durou cerca de seis horas. Depois de ouvi-los, o magistrado disse que não aceitou a tese do Ministério Público do Paraguai, que considerava os dois brasileiros livres de qualquer risco de processo por terem colaborado com a investigação. Valinotti decidiu dar dez dias de prazo para o MP investigar o caso e dar seu parecer definitivo.

Apesar da decisão de Valinotti, Ronaldinho e Assis não tinham, naquele momento, impedimento legal para deixar o Paraguai, e planejavam voltar para o Brasil na madrugada deste sábado. No entanto, após o pedido do juiz Valinotti, o MP paraguaio decidiu solicitar a detenção dos dois irmãos, para impedi-los de deixar o país.

Os dois irmãos tiveram os documentos retidos na quinta-feira, um dia depois da chegada ao Paraguai para participar de eventos promocionais. De acordo com o Ministério Público paraguaio, o uso de documentos públicos com conteúdo falso pode levar a uma pena de cinco anos ou multa. No entanto, o MP entendeu que Ronaldinho e Assis deram vários dados relevantes à investigação, quando ele e Assis admitiram o erro pelo uso dos documentos.

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