12/12/2019 às 15h42min - Atualizada em 12/12/2019 às 15h42min

Polícia Federal prende 24 integrantes da 'Nova Okaida' e bloqueia R$ 500 mil da orcrim

 

A Polícia Federal na Paraíba deflagrou, na manhã desta quinta-feira, 12, a Operação Arpão de Netuno – Fase 3, com objetivo de combater o tráfico de drogas no Estado da Paraíba, praticado pela Organização Criminosa denominada de “Nova Okaida RB”.

A operação realizou o cumprimento de 24 mandados de prisão preventiva e três de busca e apreensão, nas cidades de João Pessoa/PB e São Paulo/SP.

As ordens judiciais foram expedidas pela Vara de Entorpecentes, da Comarca de João Pessoa.

Entenda o caso – A investigação demonstrou que, após a deflagração, pela Polícia Federal, da denominada Operação “Gerônimo”, no ano de 2017, a qual teve por objetivo investigar e responsabilizar criminalmente os integrantes da Organização Criminosa “Okaida” (OKD), houve uma reorganização da facção em razão de conflitos internos, com a ascensão de novos líderes, após o afastamento e o decreto da morte de algumas das lideranças anteriores.

A nova estrutura da Organização Criminosa foi batizada de “NOVA OKD RB”, e o processo de refundação vem investindo em realizar o cadastro de seus integrantes.

O aprofundamento das investigações revelou detalhes da estrutura da Organização Criminosa NOVA OKD RB, forma de funcionamento e identificação de seus integrantes, a saber:

1 – O comando da Organização Criminosa, denominada de Palavra Final, é exercida por Robson Machado de Lima, mais conhecido como “Ró” e José Roberto Batista dos Santos, vulgo Betinho, ambos presos e cumprindo pena no Presídio PB1, nesta Capital.

2 – A estrutura deliberativa da Organização Criminosa, denominada de Conselho, composta por 15 integrantes, os quais ocupam o segundo escalão hierárquico da ORCRIM, responsáveis pelas principais decisões do grupo criminoso.

3 – Estrutura executiva da Organização Criminosa, que realizava o loteamento dos bairros de João Pessoa e demais cidades do Estado, com indicação dos responsáveis pelo controle do tráfico de drogas;

4 – Estrutura de cadastramento dos integrantes da Organização Criminosa, mediante fichas individuais, constando data de filiação, área de atuação e padrinho responsável pela indicação;

5 – Por fim, a estrutura financeira da Nova Okaida RB, denominada de Caixinha, que consiste na utilização de contas bancárias de terceiros e familiares para ocultação dos valores recebidos com o tráfico de drogas, possibilitando o fortalecimento da Organização Delitiva mediante a aquisição de armas, pagamento de advogados e envio de recursos a integrantes presos e familiares.

Foi determinado pelo Poder Judiciário o bloqueio de contas bancárias, totalizando o montante de aproximadamente R$ 500 mil.

Crimes – Os investigados responderão pelos crimes de tráfico interestadual de drogas e organização criminosa, cujas penas, somadas, ultrapassam 20 anos de reclusão.

O nome da operação é uma alusão ao poder, à força da atuação do Estado na repressão ao tráfico de drogas.

ParlamentoPB


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