27/11/2019 às 22h01min - Atualizada em 27/11/2019 às 22h01min

Veneziano lamenta “destempero e desequilíbrio” de Romero ao criticar decisão judicial que suspendeu doação de terreno a família de vereador aliado

 

O Senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB) lamentou, nesta quarta-feira (27) “a demonstração inequívoca do destempero e do desequilíbrio emocional” do prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, ao criticar a decisão judicial que determinou a suspensão da doação do terreno de 24,8 mil metros quadrados para a Vila Sítio São João, aprovada pela Câmara de Vereadores.

 

Segundo Veneziano, a reação de Romero ao defender a doação do terreno de “mão beijada” para fim de exploração comercial, beneficiando a família de um vereador aliado – no caso o vereador João Dantas, idealizador do Sítio São João – mostra o quanto o fato de sua administração estar envolvida com a Organização Criminosa – Orcrim da Merenda e com fatos lastimáveis que estão sendo apuradas pela Operação Famintos, da Polícia Federal, está o deixando desnorteado.

 

Área para o Call Center – Romero, ao defender a doação do terreno para o aliado e criticar a decisão da justiça de suspender o ato, disse que na gestão Veneziano houve doações sem critérios legais, mostrando “desconhecimento, má fé e destempero”. Veneziano lembrou que na sua administração houve a transferência do local onde funcionava o antigo Forrock para a instalação da AeC Call Center, dentro da mais absoluta legalidade, gerando, de imediato, mais de 5 mil empregos diretos, bem diferente da doação do terreno para um aliado que, ao invés de gerar emprego, vai gerar muito dinheiro, explorando as pessoas comercialmente para assistirem shows.

 

Veneziano reafirmou que em sua administração não houve nenhum ato desta natureza que não tenha cumprido todos os trâmites legais e não tenha tido o “compromisso da moralidade, porque não basta ou não é exigível apenas ser legal, mas tem que ser um ato moral, são princípios administrativos que o gestor deve e tem que respeitar”. Tanto que, até hoje, não há qualquer questionamento, seja judicial ou da população, em relação aos atos administrativos desta natureza.

 

Terrenos para famílias carentes – Veneziano também lembrou que na sua gestão houve a cessão de terrenos, via regularização de áreas onde estavam construídas casas de taipa, para famílias carentes, ação totalmente diferente da doação do terreno para o Sítio São João. Este benefício foi concedido a famílias que moravam em casas de taipa nas comunidades São Januário, Araxá, Tambor, dentre outras áreas que careciam de regularização formal e legal. “A partir desta ação, famílias carentes foram beneficiadas com os terrenos onde eram edificadas as suas casas, também com autorização do Poder Legislativo, e bem diferente do ‘escárnio’ que foi a doação do terreno para beneficiar a família do vereador”.

 

Segundo Veneziano, Romero criticou a cessão dos terrenos na gestão passada, que beneficiou a AeC Call Center e famílias carentes porque sabe, “em desespero e em destempero emocional”, o que fez. “Imagine fazer comparação com esse esdrúxulo e indecente escárnio que foi esta ação de doação do terreno para a família do vereador. Dá pra imaginar, inclusive, que existe muito mais por trás disso”, afirmou.

 

“Imagine um prefeito e uma administração envoltos com uma Organização criminosa – Orcrim, com alguns de seus integrantes com pedidos de condenação e outros já tendo sido presos, além de outros escândalos em outras pastas, em menos de um mês tenha a coragem, o acinte, o despudor de apresentar uma proposta doando um terreno numa área super valorizada da cidade, para a exploração comercial, negocial, empresarial, de um empresário que é filho de um vereador que integra a bancada de apoiamento do prefeito, que ainda teve a disposição de votar favorável... isso é um escândalo. Tanto é verdade que a Justiça já decidiu pela suspensão do ato”, continuou Veneziano.

 

Ainda de acordo com o Senador, a reação da sociedade campinense a esse ato foi “extremamente precisa, oportuna e imediata”, destacando as entidades como OAB, sindicatos, associações e o povo em geral, “todas as pessoas de bom senso, que não podem concordar com este escárnio cometido pela administração local”.


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