24/03/2017 às 11h00min - Atualizada em 24/03/2017 às 11h00min

Jampa Digital: Oposição quer dar nome de Bruno Ernesto à Perimetral Sul

Blog do Suetoni
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Um projeto protocolado pelo deputado estadual Tovar Correia Lima (PSDB) tende a gerar uma saia justa sem tamanho para a bancada de sustentação do governador Ricardo Coutinho (PSB) na Assembleia Legislativa da Paraíba. O tucano propõe que a Perimetral Sul, obra do governo estadual, seja denominada Rodovia Bruno Ernesto do Rêgo de Morais, em homenagem ao ex-servidor da prefeitura de João Pessoa assassinado em 2012, aos 31 anos, sob circunstâncias misteriosas. A polícia concluiu que o servidor público foi vítima de latrocínio, porém, em 2015, a ex-primeira-dama do Estado, Pâmela Bório, deu início a uma série de acusações nas quais relacionava a morte do diretor de Infraestrutura e suporte de rede da prefeitura ao escândalo Jampa Digital.

Na justificativa do projeto, Tovar alega que a morte do jovem, cujo o corpo foi encontrado em Gramame, chocou toda a população de João Pessoa. “Vivemos em um ‘estado de impunidade’, onde cada crime, cada roubo, cada escândalo é apagado por outro maior. Bruno Ernesto é mais uma vítima das tristes estatísticas da criminalidade e da impunidade em nosso Estado. Diante de um caso emblemático que chocou a Paraíba, nada mais justo que prestarmos essa homenagem denominando a via pública, a Perimetral Sul, de Bruno Ernesto, como forma de imortalizar seu nome através daquela obra”, diz o deputado na Justificativa.

Ainda em 2012, quando houve o crime, não faltou quem atribuísse a morte do jovem servidor da prefeitura de João Pessoa a uma suposta trama de queima de arquivo. A tese, no entanto, não encontrava respaldo nas investigações da Polícia Civil, mas ganhou mais destaques depois das declarações de Pâmela Bório, ex-mulher do governador Ricardo Coutinho (PSB), um dos citados como beneficiário no esquema apurado pela Polícia Federal. A ex-primeira-dama deu as declarações depois de matéria publicada pelo Jornal da Paraíba que falava sobre novo processo movido pelo Ministério Público Federal a respeito do Jampa Digital.

Segundo investigação da Polícia Federal, parte dos recursos supostamente desviados do programa de instalação de internet sem fio gratuita em João Pessoa na época em que o atual governador, Ricardo Coutinho (PSB), era prefeito da capital teria sido desviado para financiar a campanha dele, em 2010, para o governo do estado. Depois disso, a família do rapaz voltou a cobrar novas investigações do crime, tendo como alvo a suposta queima de arquivo. O processo que investiga o Jampa Digital corre em segredo de Justiça atualmente no Supremo Tribunal Federal (STF) e terá como relator o novo ministro Alexandre de Morais, que substituiu Teori Zavascki, morto em acidente aéreo em janeiro deste ano.


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