01/11/2019 às 20h52min - Atualizada em 01/11/2019 às 20h52min

Famintos: ex-chefe de gabinete de Renan Maracajá diz que aliado de Romero é quem administrava empresa investigada

FOTO: André Lacet

Entre os interrogatórios realizados pela Justiça na semana passada, durante a fase de instrução do processo da Operação Famintos, que investiga a formação de uma ‘Orcrim da Merenda’, responsável por supostos desvios milionários na contratação de merenda escolar na gestão do prefeito de Campina Grande Romero Rodrigues (PSD), o ex-chefe de gabinete do vereador Renan Maracajá, André Nunes Oliveira Lacet, disse que Renam que integra a base de sustentação do prefeito era o responsável por administrar a empresa Comercial Lacet, uma das investigadas por participação em licitações supostamente fraudadas para distribuir merenda, na cidade.

 

“A pedido de Renan essa empresa foi colocada no meu nome. Antes de ser no meu nome, não era no nome dele. Foi no nome dele, passou para o nome de outra pessoa e dessa pessoa passou para o meu. Em toda a trajetória ele sempre foi o administrador. Eu nunca tive escritório na empresa e nunca exerci nenhuma atividade administrativa. Eu não tenho gerência, nem administração, nem ciência do que era feito. Eu não sei nem como funciona um procedimento licitatório. Nunca participei de licitação”, disse o ex-chefe de gabinete.

 

Confira na íntegra o depoimento de André Lacet

https://youtu.be/0nBCt7pxwWo

 

Famintos - As investigações foram iniciadas a partir de representação junto ao MPF, relatando a ocorrência de irregularidades em licitações na Prefeitura de Campina Grande (PB) mediante a contratação de empresas “de fachada”. Com o aprofundamento dos trabalhos pelos órgãos, constatou-se que desde 2013 ocorreram contratos sucessivos, que atingiram um montante pago de R$ 25 milhões. Dois secretários municipais (Administração e Educação) foram afastados pela Justiça. Dois secretários municipais de Campina Grande foram afastados dos cargos.

 

A CGU, durante auditoria realizada para avaliar a execução do PNAE no município, detectou um prejuízo de cerca de R$ 2,3 milhões, decorrentes de pagamentos por serviços não prestados ou aquisições de gêneros alimentícios em duplicidade no período de janeiro de 2018 a março de 2019.

 

Famintos 2

A Segunda fase da Operação Famintos teve como foco contratos firmados diretamente entre empresas – que seriam de fachada – e as escolas municipais. São investigados crimes como fraude em licitações, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e de corrupção na aquisição de gêneros alimentícios e merenda escolar. Oito pessoas foram presas. Até agora 16 pessoas já foram denunciadas pelo MPF à Justiça, por envolvimento no suposto ‘esquema’.

 

Processo nº 0802629-06.2019.4.05.8201

Íntegra da denúncia

http://www.mpf.mp.br/pb/sala-de-imprensa/docs/denuncia-operacao-famintos/view

 


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