30/08/2019 às 07h05min - Atualizada em 30/08/2019 às 07h05min

Abuso: mãe permitia que filha de 8 anos fosse estuprada por padrasto e primo

CM7
Foto: Ilustrativa
Um homem de 28 anos foi preso pela Delegacia Especializada em Proteção a Criança e ao Adolescente (DEPCA), da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), em cumprimento a mandado de prisão preventiva por abusar sexualmente da própria enteada, uma adolescente de 12 anos. O caso foi apresentado nesta quinta-feira (29), e as investigações policiais apuram o envolvimento de outras pessoas na exploração sexual da menina

A prisão ocorreu na manhã de quarta-feira (28) no bairro Raiz, zona sul da capital amazonense, residência onde a vítima foi deixada com o padrasto após a mãe se separar dele. De acordo com a Polícia, a adolescente era abusada pelo homem desde os 10 anos de idade. Antes disso, aos 8 anos, ela começou a ser explorada sexualmente por um primo.

Conforme a titular da DEPCA, delegada Joyce Coelho, naquele período, o homem praticava o delito quando a mãe da vítima saía para trabalhar. O caso chegou à polícia a partir de relato da mãe da vítima.

“Ela relata que, desde os 10 anos de idade, vem mantendo relações com o ex-padrasto. Depois da separação, a mãe deixou a criança sob o cuidado do ex-companheiro. Ela conta que perdeu a virgindade aos 8 anos e, desde então, vem sendo induzida à exploração sexual. Estamos investigando vários responsáveis. Todo esse círculo familiar acabou contribuindo para que essa menina hoje tivesse esse histórico”, disse.

Ainda conforme a autoridade policial, a vítima só contou agora para a mãe sobre os abusos porque tinha medo de que o homem fosse preso e quisesse se vingar futuramente da mãe e da irmã. “A prisão vai ajudar a conter as pressões da jovem, mas haverá outros desdobramentos. Ela atendia ‘clientes’ indicados por outras pessoas adultas que faziam essa intermediação”, adiantou Coelho.

A vítima está recebendo atendimento psicossocial. “Nós estamos tendo toda uma cautela na escuta dessa vítima, que estava carregada de pressão externa, carregada de sofrimento. Precisamos fazer isso de uma forma bem responsável, até para que quando a gente faça essa prisão já seja com indícios fortes o suficiente, como a prisão do padrasto”, ressaltou a titular da DEPCA.


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