07/07/2019 às 15h35min - Atualizada em 07/07/2019 às 15h35min

Pesquisa Datafolha aponta que maioria da população reprova conduta de Moro em conversas vazadas, mas concordam com prisão de Lula

Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado aponta que 63% dos entrevistados tomaram conhecimento dos diálogos atribuídos pelo site The Intercept Brasil ao ex-juiz federal e atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, com procuradores da Lava-Jato. Desses, 58% disseram que a conduta do ex-juiz foi inadequada . Já 31% dos entrevistados aprovam a postura de Moro e 11% não souberam opinar sobre o assunto.

Reportagens do Intercept, do jornal “Folha de S.Paulo” e da revista “Veja” afirmam que as supostas conversas no aplicativo Telegram mostram que Moro orientava ações da Operação Lava-Jato.

De acordo com o Instituto Datafolha, 58% dos entrevistados disseram acreditar que, se for comprovada alguma irregularidade, eventuais decisões de Moro enquanto juiz responsável pela Lava-Jato devem ser revistas. Por outro lado, 30% afirmaram que o ganho no combate à corrupção compensa eventuais excessos cometidos pelo ministro.

CONDENAÇÕES DE LULA

Ainda de acordo com a pesquisa Datafolha, 54% dos entrevistados disseram apoiar a permanência de Sergio Moro no cargo de ministro, enquanto 38% acham que o ex-juiz deveria deixar o posto.

A maioria dos entrevistados disse considerar a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva justa: 54%. Para 42%, porém, a condenação do petista é injusta. Outros 4% não souberam opinar.

Além disso, o Datafolha também questionou os entrevistados sobre a avaliação que faziam da Operação Lava-Jato. Segundo a pesquisa, 55% avaliaram a operação como ótima e boa; 24% disseram considerá-la regular; e 18% avaliaram a operação como ruim ou péssima – outros 3% não responderam.

A pesquisa foi feita nos dias 4 e 5 de julho com 2.086 entrevistados com mais de 16 anos, em 130 cidades do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos.

Sergio Moro e procuradores da Lava-Jato não têm reconhecido as mensagem divulgadas. Em entrevistas e depoimentos no Senado e na Câmara, o ministro afirmou não ter nada a esconder sobre as conversas atribuídas a ele e aos procuradores da Lava-Jato. (Com G1)


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