20/05/2019 às 13h49min - Atualizada em 20/05/2019 às 13h49min

Vídeo mostra policial entrando em prédio para matar servidora

Metrópoles

O comportamento agressivo do agente da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) Sérgio Murilo dos Santos, 51 anos, deixou a professora da rede de ensino do DF Debora Tereza Correa, 43, em alerta. Ela chegou a mudar de endereço, trocar o número de celular e o local de trabalho, além de tirar todas as correspondências de seu nome para que o ex não a encontrasse.

As medidas tomadas por Debora, no entanto, não bastaram para evitar que fosse vítima de feminicídio. Na manhã desta segunda-feira (20/05/2019), ela foi morta pelo policial dentro do prédio da Secretaria de Educação, na 511 Norte, onde ela cumpria mais um dia de trabalho. O agente tirou a própria vida logo depois.

No local, funciona a sede da Coordenação Regional de Ensino do Plano Piloto e do Cruzeiro. Imagens do circuito interno do prédio reveladas pelo Metrópoles nessa segunda-feira (20/05/2019) mostram o policial entrando no edifício Bittar III às 9h42. Ele se identifica na portaria, passa o cartão na catraca e tem acesso ao edifício. Não foi revistado, já que este não é um procedimento adotado pela pasta.

De acordo com uma amiga de Debora, Sérgio não aceitava o fim do relacionamento. “Ele chegou a ir na escola onde ela trabalhava, para fazer ameaças. Em um dos episódios, foi agredida durante três horas dentro do carro. Os crimes foram denunciados, mas ele não obedecia às medidas protetivas. Sempre conseguia encontrá-la. Não a deixava em paz”, contou a mulher, que pediu para não ser identificada. Ainda de acordo com a amiga, o relacionamento entre os dois teve início em 2017.

Para a mulher, o agente, que tinha passagens e já havia sido condenado, não poderia andar armado. “A polícia tinha conhecimento de que ele era um assassino em potencial. A Debora era uma pessoa incrível. A gente brincava que íamos envelhecer juntas e amigas”, destacou.

O policial chegou a ter o porte de arma suspenso pela Justiça em janeiro de 2018, mas em abril do mesmo ano ele teve de volta o direito de andar armado.

O crime ocorreu no terceiro andar do prédio, por volta das 10h. Houve pânico e correria quando o policial fez os disparos. “Eles discutiram no corredor em frente à sala dela, momento no qual ela se agachou e ele atirou na professora”, ressaltou o secretário de Educação, Rafael Parente, que foi ao local.

Sérgio deu três tiros em Debora e depois tirou a própria vida. Quatro cápsulas da pistola que o agente usava foram encontradas no terceiro andar.

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