05/05/2019 às 17h47min - Atualizada em 05/05/2019 às 17h47min

'Tomava pílula e achei que era azia', diz mulher que descobriu gravidez no 8º mês

Lana Wigand e Arthur Wogram, ambos de 27 anos, descobriram que seriam pais quando a gravidez já havia completado oito meses -- 19 dias antes de o bebê nascer, no fim de abril, em Curitiba. A criança nasceu duas semanas antes do previsto, mas forte e saudável, com 47 centímetros e 3,1 quilos.

"Eu não desconfiei absolutamente de nada. Tive alguns sintomas, mas fui tratando isoladamente, como prisão de ventre e azia. Eu atrelava isso a uma alimentação desregulada"
Lana Wigand, 27

"A gente planejava ter filhos por meio da adoção. Falávamos em entrar com o processo aos 30 anos", diz Lana sobre os planos dela e do namorado. Eles estão juntos há um ano e meio.Lana relata que tomava anticoncepcional, o que fez com que ela não cogitasse a gravidez.

O casal pratica atividades físicas, e Lana havia engordado apenas 4 quilos nos últimos meses. Com dores de estômago e acreditando que tinha algum problema intestinal, foi à gastroenterologista. "Ela me passou laxantes e remédios para cólica intestinal", diz Lana, rindo.

No oitavo mês, descobriu que o desconforto era o pequeno Gabriel se mexendo.

O alerta foi dado quando Lana percebeu que a menstruação estava diferente e voltou a procurar uma especialista. A médica pediu um exame de imagem.

"A médica fez uma cara meio desconfiada e assustada e falou a frase: 'Mulher, você está muito grávida!' Entrei em estado de choque, sem acreditar. Eu vi a carinha dele no vídeo [ultrassom] e não acreditava que aquilo estava acontecendo comigo", lembra.

A ginecologista e obstetra Flávia Martins Vieira Bueno explica que Lana é magra e praticava exercícios, o que deixava sua musculatura do abdômen mais firme.

Com isso, o útero cresceu, não expandiu a barriga, mas pressionou órgãos internos - o que ocasionava as dores abdominais.

"Nenhum método anticoncepcional é 100% seguro. Todos, inclusive laqueadura e vasectomia, têm índices de falha, uns mais e outros menos. Ela engravidou tomando a pílula e não desconfiou porque continuou com o fluxo de sangue escasso [nos intervalos da pílula, similar à menstruação]", conta a médica.

Segundo a profissional, casos como esse não são comuns, mas não chegam a ser raros.

Com o pouco tempo de preparação para a chegada de Gabriel, os pais tiveram que alterar a ordem tradicional dos preparativos. O chá de bebê, por exemplo, aconteceu seis dias depois de o filho ter nascido.

"Alguns colegas venderam cookies, brigadeiros, mudas de plantas e o dono de um bar vendeu bebida e reverteu o valor para a gente", diz Arthur, que é musicista.

Ele também organizou um show com a sua banda e reverteu todo o dinheiro arrecadado para os gastos com o filho inesperado. "Hoje o Gabs [Gabriel] é o nosso ponto de partida. É a possibilidade de um futuro tão maravilhoso quanto o que a gente planejava sem ele", diz a mãe.

UOL


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