O Hamas respondeu à mensagem publicada no Twitter pelo senador Flávio Bolsonaro na qual o senador diz querer que o grupo “se exploda”, depois que o movimento radical islâmico que controla a Faixa de Gaza condenou a visita do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, a Israel. No Twitter, Basem Naim — ex-ministro de Saúde do Hamas e atual presidente do Conselho de Relações Internacionais do grupo — condenou as palavras de Flávio, referindo-se ao senador como “o filho do extremista presidente brasileiro”.
“O filho do presidente extremista do Brasil, Flávio Bolsonaro atacou o Hamas porque este rejeitou o apoio ilimitado à ocupação israelense do novo governo brasileiro, em contradição à posição de apoio histórica brasileira aos Direitos Palestinos”, afirmou Naim. “[O apoio] está também em clara contradição à lei internacional, que garante o direito das pessoas sob ocupação de resistir, com todas as ferramentas disponíveis, incluindo a resistência armada, o que o Hamas está fazendo. Estamos lutando por nosso direito de Liberdade e independência, como todas as pessoas na Terra.”
O representante do grupo afirmou ainda que “Jerusalém é um território ocupado de acordo com a lei internacional, e ninguém, incluindo Jair Bolsonaro, tem o direito de legitimar a ocupação israelense na cidade”.
“O que ele está fazendo não está prejudicando apenas as relações históricas entre as pessoas do Brasil e Palestina, mas também as relações de mais de 400 milhões de árabes e 1,7 bilhão de muçulmanos em todo o mundo. Com suas políticas, ele está apenas desestabilizando a região. Esperamos que as pessoas corajosas do Brasil possam deter essas políticas perigosas”, completou Naim.
Em sua visita a Israel, de 31 de março a 2 de abril, Bolsonaro se reuniu com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que o acompanhou numa visita ao Muro das Lamentações, em território considerado ocupado pela ONU. Diferentemente de antecessores que visitaram o país, Bolsonaro não se reuniu com lideranças palestinas.
Na ocasião, o Hamas emitiu uma nota condenando a visita. O senador Flávio Bolsonaro, que acompanhava o pai na viagem a Israel representando a bancada da segurança pública na Casa, publicou então a frase "Quero que vocês se explodam!!!" acima de uma reportagem da revista Exame que relatava a posição do grupo palestino. O tuíte foi apagado naquele mesmo dia.
O Hamas é considerado uma organização terrorista por Estados Unidos, União Europeia, Canadá, Japão, Israel e Canadá. Nações como Austrália e Nova Zelândia classificam apenas as Brigadas Izz ad-Din al-Qassam, o braço militar do grupo, como uma organização terrorista. O grupo controla a Faixa de Gaza desde a vitória nas eleições locais de 2006 e abrindo um conflito com o Fatah, que acabou expulso da região, e resultando na divisão da Autoridade Nacional Palestina (ANP). Hoje, a Cisjordânia é comandada pela ANP, liderada pelo Fatah, enquanto a Faixa de Gaza é controlada pelo Hamas.
O Hamas é considerado uma organização terrorista por Estados Unidos, União Europeia, Canadá, Japão, Israel e Canadá. Nações como Austrália e Nova Zelândia classificam apenas as Brigadas Izz ad-Din al-Qassam, o braço militar do grupo, como uma organização terrorista. O grupo controla a Faixa de Gaza desde a vitória nas eleições locais de 2006 e abrindo um conflito com o Fatah, que acabou expulso da região, e resultando na divisão da Autoridade Nacional Palestina (ANP). Hoje, a Cisjordânia é comandada pela ANP, liderada pelo Fatah, enquanto a Faixa de Gaza é controlada pelo Hamas. Os comentários são de responsabilidade excluisiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal © 1996 - 2019. Todos direitos reservados a Editora Globo S/A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.