04/03/2019 às 06h53min - Atualizada em 04/03/2019 às 06h53min

Canudos em formato de pênis viram febre entre foliões

Foliões usam canudos em formato de pênis Foto: Camila Zarur
Entre os foliões, um acessório tem chamado a atenção neste carnaval. Em copos reutilizáveis ou latinhas de cerveja, o canudo voltou a ser usado pelos cariocas. Desta vez, porém, não é o de plástico — proibido por lei desde o ano passado —, mas um com o formato mais fálico. Em forma de pênis, o tal canudo se tornou um sucesso na festa de rua, unindo sátira política e praticidade.

— Esses canudos começaram a ser vendidos no ano passado, mas só esse ano que veio com tudo — conta Anderson Neves, que vende o acessório no Arco do Teles. — Quem brinca mais são as mulheres e o público LGBT, mas todo mundo acaba comprando.

Nos blocos, os canudos são vendidos a R$ 3 cada, ou dois por R$ 5. No entanto, alguns foliões preferem comprar o pacote no atacado, em lojas de artigos de festa. É o caso da professora Carolina Freitas, que distribuiu o acessório entre os amigos.

— É uma crítica às fake news que tiveram no ano passado durante a eleição. O canudo vira uma brincadeira, uma sátira, e a gente se diverte. — explica Freitas.

A também professora Débora Freire trouxe o canudo com ela e, assim como Freitas, usa o acessório como forma de protesto.

— Estamos em um momento tão conservador e moralista que ter um canudo desse vira uma afronta. E é exatamente isso que a gente quer, queremos zoar com esse ambiente opressor. — diz Freire.

Canudos neste formato não são novidades, já existem há anos e são comuns em despedidas de solteiro e sexshops. No entanto, sua popularidade no carnaval se deve, como afirmado pelos foliões, a uma notícia falsa que circulou no período eleitoral do ano passado: a mamadeira com formato de pênis. E ela também esteve presente na festa de rua, na fantasia do analista comercial Roberto Moura.

— No início, eu achei que seria hostilizado por causa da mamadeira, mas todo mundo curtiu. Quem brinca mais são as mulheres mais velhas, elas caem de paixão. — conta Moura, que também fez da brincadeira uma forma de protesto. — Toda a minha fantasia é uma crítica ao governo. Devemos usar nossa força cultural para nos manifestar. Via Extra


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