06/02/2019 às 23h25min - Atualizada em 06/02/2019 às 23h25min

Filho de Bolsonaro ocupará cargo na Mesa Diretora do Senado

O líder do PSL no Senado, senador Major Olímpio (PSL-SP), afirmou nesta terça-feira (5) que Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) será o indicado da legenda para o cargo de terceiro-secretário na Mesa Diretora da Casa.

Olímpio deu a declaração após reunião de líderes partidários, com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Na audiência, foi debatida a ocupação dos demais cargos de comando na Casa. Alcolumbre foi eleito presidente no último sábado (2) com voto de Flávio Bolsonaro.

A votação para definir as funções na Mesa está prevista para esta quarta-feira (6). Se houver acordo, haverá uma única chapa para a composição.

De acordo com líderes que participaram da reunião, caberá ao PSL indicar quem ficará com a terceira-secretaria da Casa.

Segundo Olímpio, a bancada do PSL, que tem 4 senadores, decidiu pela indicação do filho do presidente Jair Bolsonaro.

Flávio Bolsonaro e seu ex-motorista Fabrício Queiroz são alvos de procedimento do Ministério Público do Rio de Janeiro iniciado a partir de relatórios do Coaf.

Olímpio disse não ver problema na indicação de Flávio Bolsonaro para a Mesa Diretora ao ser questionado sobre as apurações.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou que a indicação cabe ao PSL e acrescentou: “Tem tantos nomes investigados no Brasil. Precisa aguardar e ter tranquilidade”.

A composição da Mesa ficará assim:

 

  • 1ª vice-presidência: PSDB
  • 2ª vice-presidência: Podemos
  • 1ª secretaria: PSD
  • 2ª secretaria: MDB
  • 3ª secretaria: PSL
  • 4ª secretaria: ainda indefinida, mas deve ficar ou com o PT ou com o PP

 

As quatro vagas de suplente de secretário ainda estão em negociação. Em 2018, a vaga de terceiro-suplente de secretário era ocupada por Davi Alcolumbre.

 

Tamanho das bancadas

 

O presidente do Senado confirmou o desenho de como deverá ser a ocupação da Mesa Diretora.

O regimento do Senado prevê que a composição deve respeitar, “tanto quanto possível”, o tamanho dos partidos. No entanto, dessa vez, em razão da grande disputa pela cadeira de presidente, a proporcionalidade não deverá ser atendida.

“Não teve esse acordo [sobre a proporcionalidade]. Teve um diálogo aberto e franco em relação à participação dos partidos”, disse Alcolumbre.

Maior partido, o MDB saiu derrotado da eleição. O partido indicou Renan Calheiros (AL) como candidato à presidência.

Antes da reunião desta terça, o líder do MDB, Eduardo Braga (MDB-AM), afirmou que a legenda reivindicava que o tamanho das bancadas fosse respeitado.

Ele defendia que o MDB ficasse com a primeira-vice-presidência ou com a primeira-secretaria.

À noite, Eduardo Braga afirmou em entrevista que, na reunião, defendeu o respeito à proporcionalidade.

"Nós registramos isso. Obviamente, a gente reconhece que há uma circunstância política. Houve uma disputa, nós não vencemos. E eles estão colocando a segunda-secretaria para o MDB", disse.

 

Comissões

 

Na próxima terça-feira (12), haverá uma nova reunião de líderes partidários para definir as presidências das comissões temáticas do Senado.

O MDB, maior bancada, com 13 senadores, reivindica a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais cobiçada do Senado. O PSDB, que tem oito parlamentares, também está de olho no colegiado.

Já o PSD, segunda maior bancada (10 senadores), pleiteia o comando da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

Veja abaixo as principais atribuições de cada integrante da Mesa

Presidente: definir, após reunião com líderes partidários, a pauta de votações; chefiar o Legislativo e presidir as sessões conjuntas do Congresso Nacional; exercer a Presidência da República na ausência do presidente, vice-presidente e presidente da Câmara (é o terceiro na linha sucessória); desempatar votações.

Primeiro vice-presidente: substituir o presidente do Senado nas suas faltas ou impedimentos.

Segundo vice-presidente: substituir o primeiro vice-presidente do Senado nas suas faltas ou impedimentos.

Primeiro-secretário: Ler, em plenário, documentos oficiais; receber e assinar correspondência oficial do Senado; gerir – em conjunto com o presidente da Casa – o orçamento do Senado; supervisionar atividades administrativas do Senado.

Segundo-secretário: lavrar atas das sessões secretas e assiná-las depois do primeiro-secretário.

Terceiro e quarto-secretários: fazer a chamada de senadores em casos previstos no regimento; contar votos em verificação de votação; e auxiliar o presidente na apuração de eleições.

G1


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