16/12/2018 às 17h18min - Atualizada em 16/12/2018 às 17h18min

Médium João de Deus se entrega à polícia

O médium João Teixeira de Faria, 76, conhecido como João de Deus, se entregou à polícia e foi preso neste domingo (16).

O médium João Teixeira de Faria, 76, conhecido como João de Deus, se entregou à polícia e foi preso neste domingo (16).

O encontro dele com as autoridades ocorreu na encruzilhada de uma estrada de terra no município de Abadiånia, às margens da BR 060.

A negociação foi feita entre o advogado de João de Deus, Alberto Toron, e o delegado geral da Polícia Civil.

A polícia chegou em três carros. O médium, que estava num sítio, chegou no veículo de um de seus advogados.

Minutos antes de se entregar, ele chegou a passar mal. Trêmulo, pediu aos defensores para tomar um remédio sublingual. João de Deus é cardíaco.

Ele é suspeito de ter abusado sexualmente de mulheres durante os atendimentos espirituais que realizava na cidade de Abadiânia (GO). 

O médium era considerado foragido pela força-tarefa que investiga o caso desde as 14h de sábado (15) e estava em local desconhecido desde que o pedido de prisão temporária, feito pelo Ministério Público de Goiás, foi aceito pela Justiça na sexta (14). Seu nome foi encaminhado para a lista de procurados da Interpol.

Para tentar cumprir o mandado, policiais chegaram a procurá-lo em Goiânia, Anápolis e Abadiânia, mas não tiverem êxito. Mais de 20 locais foram vistoriados em busca do paradeiro do suspeito. 

A defesa de João havia dito que o médium iria apresentar-se voluntariamente ainda na sexta, o que não aconteceu. Os advogados que defendem João de Deus também afirmaram que a ordem de prisão preventiva é ilegal e injusta e que iriam impetrar habeas corpus contra a decisão judicial.

Segundo eles, “apenas alguns depoimentos, de poucas vítimas, acompanham o pedido de prisão preventiva, ainda assim, sem os seus nomes”.

No início da semana a Promotoria chegou a criar uma força-tarefa para recolher as inúmeras denúncias de abusos sexuais contra o médium. Os casos começaram a tornar-se público após 13 mulheres relatarem as denúncias no sábado (8) durante o programa Conversa com Bial, da TV Globo, e ao jornal O Globo.

Folha


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