14/10/2017 às 06h14min - Atualizada em 14/10/2017 às 06h14min

VÍDEO - Filho de vereadora é brutalmente agredido por seguranças e colocado para fora de casa de show

O Dia

O show de Jonathan Costa em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, terminou em confusão na mandrugada desta sexta-feira. O próprio funkeiro postou no Instagram um vídeo em que aparece sendo violentamente retirado do palco por seguranças do evento. 

Jonathan conta em sua postagem que os contratantes pediram que ele tocasse mais baixo porque o alvará do evento só permitia som alto até às 2h. O problema é que com o som mais baixo, o público não conseguia escutar a música. A platéia era composta por três mil pessoas. 

"Assim que chegamos ao evento, os contratantes pediram para que eu tocasse em um volume um pouco mais baixo. Só depois eu fiquei sabendo que era porque o alvará do evento só valia até as 2h. Eram três mil pessoas cantando comigo, que foram ali para me ver tocar... E eu tive que parar o som porque não alcançava todo mundo. Não era a apresentação que o público esperava e nem a metade do que é show. Foi quando eu avisei ao público que iria parar de tocar, mas ficaria ali com eles até o final do horário da apresentação, em respeito a eles. Eu sugeri, já que não teve apresentação, que eles poderiam reivindicar o valor pago no ingresso", explicou Jonathan. 
Segundo o funkeiro, foi nesse momento que os seguranças invadiram o palco para retirá-lo de lá. "Os seguranças vieram com muita violência para cima de mim e da minha equipe, vieram pra matar. Quase me mataram! O público começou a gritar 'Não à agressão', a jogar gelo nos homens que me agrediam e alguns até subiram no palco para tentar me defender. Foi uma covardia! Só parou porque um policial militar chegou a tempo, me reconheceu e deu a ordem para me soltarem. Se a Polícia Militar não estivesse nas redondezas, poderia ter acontecido coisa pior", afirmou. 


Jonathan acredita ter sido discriminado por ser funkeiro. "Me agrediram na frente de mais de 3 mil pessoas por eu ser DJ de funk. E não sei o que mais me revolta: ser agredido fazendo o meu trabalho ou ser desvalorizado no único lugar do mundo que deveria ter respeito e orgulho de sua cultura". 

O caso foi registrado na 151ª DP (Friburgo), que investiga o caso. O DIA não conseguiu contato com a casa de shows.

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